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METRÔ. Segundo o governo Doria, as obras vão durar mais quatro anos; linha deve ligar a zona norte à região central da Capital
12/11/2019 às 01:00
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Canteiro de obras na rua da Consolação; promessa era que a linha estaria em operação em 2012 | CHARLES SHOLL/BRAZIL PHOTO PRESS/FOLHAPRESS
O governo paulista anunciou nesta segunda-feira que a construtora espanhola Acciona fechou o contrato para a retomada das obras da linha 6-laranja do metrô de São Paulo.
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De acordo com o governo João Doria (PSDB), as obras deverão durar mais quatro anos, mas não há ainda expectativa para retomar os canteiros.
"Existe hoje R$ 1,7 bilhão a ser investido pelo governo do Estado nesta obra e que hoje está parado. Só em 2020, o orçamento prevê R$ 935 milhões", disse o secretário de Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy.
A obra está parada desde agosto de 2016. Desde março de 2018, o governo paulista tentava rescindir o contrato com as construtoras, fortemente atingidas pela
Lava Jato.
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As antigas empresas do consórcio construtor são a Odebrecht, a Queiroz Galvão e a UTC Engenharia, que sofreram fortemente com a falta de crédito para tocar seus empreendimentos.
A Acciona negociou com essas empresas assumir o contrato de construção e operação da linha 6, que era formado com o governo paulista. Nos próximos 90 dias, o governo do estado de São Paulo avaliará detalhadamente a compra do contrato pela Acciona e a capacidade técnica de tocar a obra e operar a linha.
A linha 6-laranja deverá ligar o bairro da Brasilândia, na zona norte, e a estação São Joaquim do Metrô, na zona sul, passando próximo a várias universidades, o que lhe rendeu o apelido de a linha das universidades.
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Enquanto está parada, a obra acumula canteiros de obras abandonados e tapumes que viraram pontos de descarte de lixo.
Hoje, a linha 6 tem apenas 15% dos trabalhos feitos. A linha 6-laranja já consumiu R$ 1,7 bilhão em obras civis (sendo 41% disso em recursos do governo do estado de São Paulo além de R$ 984 milhões pagos a título de desapropriações.
ATRASO.
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Com 15 quilômetros de extensão e 15 estações, a linha 6-laranja foi apelidada de linha das universidades por ter em seu trajeto sedes de instituições de ensino como PUC, Mackenzie e Faap. O anúncio da linha foi feito ainda na gestão José Serra (PSDB), em 2008.
Na época, a promessa era que a linha já estaria em operação em 2012. Naquele momento, moradores de Higienópolis se organizaram para protestar contra a presença do metrô.
O termo "gente diferenciada" chegou a ser usado para descrever as pessoas que seriam atraídas por uma estação no tradicional bairro paulistano. A expressão ficou conhecida após uma moradora dizer que tinha medo que a estação atraísse uma "gente diferenciada".
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A assinatura do contrato de PPP (parceria público privada) só ocorreu em dezembro de 2013, quando a estimativa era de que a linha poderia funcionar parcialmente até 2018.
O contrato foi comemorado por ser a primeira PPP plena do Brasil. Ou seja, o consórcio vencedor não apenas faria a obra como seria responsável pela operação da linha por 25 anos.
A expectativa era de que isso tornaria o projeto mais atrativo à iniciativa privada, além de incentivar o término das obras. O custo total do empreendimento é de R$ 9,6 bilhões, dos quais R$ 8,9 bilhões serão divididos entre governo e o consórcio. (FP)
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