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Cotidiano
Prefeito de São Paulo evitou a imprensa na manhã desta terça; a vereadores, disse que está estudando falha na cobrança
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Cerca de 90 mil imóveis tiveram aumento de até 50% nos impostos; o prefeito disse a vereador que se tratava de legislação | /Roberto Casimiro /Fotoarena/Folhapress)
O prefeito Bruno Covas (PSDB) evitou a imprensa na manhã desta terça, um dia depois de a subsecretaria de Receita Municipal assumir erro na emissão do IPTU deste ano. Cerca de 90 mil imóveis tiveram aumento de até 50% no imposto neste ano. O teto de aumento é de 10%. A entrevista estava prevista para ocorrer logo após a reunião mensal com os vereadores na Câmara Municipal, mas ele foi embora do prédio sem passar pelos jornalistas que o aguardavam no lado de fora.
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A assessoria de imprensa afirmou que a reunião acabou atrasada e que ele não poderia falar com os jornalistas porque se atrasaria para o próximo compromisso.
Aos vereadores, entre outros assuntos, Covas disse que ainda está estudando a falha na cobrança do IPTU deste ano ao ser questionado sobre o assunto.
A reportagem apurou que o vereador Mario Covas Neto (PSDB) o questionou durante a reunião sobre o desrespeito ao teto de aumento de 10% ao ano previsto em lei. O prefeito foi vago na resposta e disse que se tratava de legislação. Em entrevista à "Folha de S.Paulo", o subsecretário de Receita Municipal, Pedro Ivo Gandra, admitiu falha no cálculo do IPTU neste ano. Segundo ele, o erro fez com que cerca de 90 mil imóveis tivessem se beneficiado de descontos indevidos no imposto ao menos desde 2016. Com isso, a prefeitura estuda aplicar aumentos retroativos para compensar o desconto indevido.
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Lei de 2014, porém, fixa em 10% o limite de aumento do imposto ao ano, o que não foi respeitado pela administração. "Se errou, perde o crédito", disse o vereador José Police Neto (PSD), que irá entrar com requerimento para abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito sobre o reajuste do IPTU em São Paulo. "Está muito confusa essa história de dizer que errou, mas não como errou e sem reparar o erro", completou. (FP)
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