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Cotidiano

Covas vai convidar ministro para falar da Cracolândia

INTERNAÇÕES. Política de SP é focada na redução de danos e vai na contramão da federal, que adotou a abstinência como regra

04/06/2019 às 01:00

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A decisão do convite partiu após uma reunião entre Covas (dir.) e o governador João Doria

A decisão do convite partiu após uma reunião entre Covas (dir.) e o governador João Doria | /HELOISA BALLARINI/SECOM

A gestão do prefeito Bruno Covas (PSDB) quer sentar com o ministro da Cidadania, Osmar Terra, para entender as propostas do presidente Jair Bolsonaro, que pretende adotar a abstinência como regra no País. A decisão sobre o convite partiu após uma reunião entre Covas e o governador de São Paulo, João Doria, na manhã desta segunda-feira.

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A política de drogas da capital paulista vai na contramão do projeto de Bolsonaro e foca na redução de danos, cujo principal objetivo é garantir que o paciente, aos poucos, melhore seu estado geral, preserve-se de doenças relacionadas ao uso de drogas e diminua o uso até chegar à abstinência.

"Temos o nosso programa municipal que trabalha primordialmente com as internações voluntárias. Temos um contato e estamos fazendo integração com o governo estadual, que trabalha com modelos de algumas internações involuntárias", explica Arthur Guerra, médico psiquiatra coordenador do programa Redenção.

"Queremos conversar com o governo federal que tem como uma possibilidade, não é a única, uma possibilidade de internação involuntária como uma ferramenta importante na recuperação desses usuários. Achamos que podemos aumentar um pouquinho e entender melhor como se faz a integração com o governo do Estado, que, além das internações voluntárias, também trabalha com algumas internações involuntárias", diz Guerra. "Queremos conversar com o governo federal para entender melhor qual é a proposta que eles têm sobre as internações involuntárias."

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A princípio, de acordo com Guerra, o convite é para uma conversa. No segundo momento, pode haver um pedido de transferência de recursos do governo federal.

Segundo o coordenador do programa Redenção, a taxa de internações voluntárias hoje no programa em São Paulo é em torno de 12% - de internações compulsórias, representa aproximadamente 0,03%. Ele não detalhou números. Guerra afirma que este índice pode subir para 15%.

Há duas semanas, Covas anunciou a fase 2 do programa Redenção. O prefeito vai retomar o pagamento de uma bolsa trabalho a dependentes químicos da cracolândia. A iniciativa, similar à adotada pelo ex-prefeito Fernando Haddad (PT) por meio do programa De Braços Abertos, foi anunciada nesta segunda-feira e foca na redução de danos, ao contrário da linha defendida pelo governo federal e pelo governador João Doria (PSDB) quando este era prefeito. Ambos apoiam ações com foco na abstinência e internação forçada.

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Esta foi a segunda reunião entre prefeitura e governo estadual. A primeira foi realizada um mês atrás e a próxima está marcada para 28 de julho. (EC)

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