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Decisão de voto na eleição de 2022 deve levar crianças em consideração, aponta portal

De acordo com o Artigo 227 da Constituição de 1988, as crianças devem ser prioridade absoluta em todas as decisões, programas e políticas públicas

LG Rodrigues

09/08/2022 às 18:35

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Ao votar, temos o dever de honrar crianças e adolescentes menores de 16 anos, que ainda não têm o direito de votar

Ao votar, temos o dever de honrar crianças e adolescentes menores de 16 anos, que ainda não têm o direito de votar | Nelson Jr./TSE

Neste ano, iremos exercer o direito de escolher, de maneira democrática, o presidente da República, senadores, governadores, deputados federais e estaduais que nos representarão pelos próximos quatro anos. Ao votar, temos o dever de honrar crianças e adolescentes menores de 16 anos, que ainda não têm o direito de votar, e escolher representantes que tenham projetos para a infância e juventude.

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De acordo com o Artigo 227 da Constituição de 1988, as crianças devem ser prioridade absoluta em todas as decisões, programas e políticas públicas. Por isso, pensando em incentivar os eleitores a considerar este público no exercício do voto, o Lunetas, espaço 100% dedicado à reflexão sobre a infância, lista 5 motivos para colocar as crianças como prioridade. 

Além disso, para quem deseja se aprofundar ainda mais no assunto, o Lunetas lançou o especial “Infâncias em foco: Quem vota pelas crianças?”, um hub de informação sobre política e as infâncias. Entre as mais de 20 reportagens inéditas, estão conteúdos que abordam desde como os adultos podem falar sobre política com as crianças até a visão dos pequenos sobre o tema. 

FOME.
De acordo com um levantamento realizado pela Fundação Abrinq, cerca de 18,8 milhões de meninos e meninas de até 14 anos passam fome no Brasil. Com a insegurança alimentar, o crescimento e o desenvolvimento físico e cognitivo necessários para que elas consigam crescer de maneira saudável são prejudicados de maneira permanente e irreversível. 

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ANALFABETISMO.
Há 50 anos, a educação infantil não era uma realidade no Brasil, no entanto, políticas públicas mudaram essa realidade. Ainda assim, nos últimos dois anos, o número de crianças de 6 e 7 anos que não sabem ler e escrever cresceu em 1 milhão. Pensando no futuro e nos próximos passos do Brasil relacionados à educação pública, é necessário eleger candidatos que queiram enfrentar as desigualdades sociais e lutar para que todas as crianças e adolescentes tenham acesso à educação de qualidade.

TRABALHO INFANTIL.
Atualmente, cerca de 2 milhões de crianças e adolescentes estão em situação de trabalho infantil no Brasil. Desse total, 66% são crianças pretas ou pardas e 71% estão na área urbana, de acordo com um levantamento divulgado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua). 

VIOLÊNCIA E EXPLORAÇÃO SEXUAL.
Entre 2016 e 2020, 35 mil crianças e adolescentes, de 0 a 19 anos, foram mortos de forma violenta no Brasil e 180 mil sofreram violência sexual, segundo o Panorama da Violência Sexual contra crianças e Adolescentes no Brasil, lançado pela Unicef e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). Por isso, é necessário eleger pessoas que tenham coragem para combater esse cenário e falar de assuntos como igualdade de gênero, empoderamento de meninas, violência sexual e feminício. 

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MORADIA.
Mais de 5 milhões de pessoas ainda residem em domicílios sem banheiros ou sanitários de uso exclusivo e 9,7 milhões vivem em condições de adensamento excessivo, com mais de três moradores para cada dormitório. Este é um assunto que não deve ser ignorado, já que todas as crianças precisam de acesso à moradia para viver com dignidade e poder se desenvolver em outras áreas, como lazer, educação e saúde.

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