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A deputada Rosana Valle pede alterações no Plano São Paulo | /Divulgação
A deputada federal Rosana Valle (PSB-SP), com base eleitoral na Baixada Santista, enviou ofício ao governador João Doria (PSDB) pedindo que o horário do comércio paulista seja expandido ao invés de restrito, como foi anunciado pelo governador em 30 de novembro. Segundo ela, dessa forma evitaria as aglomerações nos comércios do Estado. A parlamentar disse que o mesmo conceito valeria para os restaurantes, que estão obrigados a fechar às 22h, o que obrigaria os clientes a chegar quase todos no mesmo horário para jantar.
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Em 30 de janeiro, um dia após as eleições municipais, Doria anunciou decreto para restringir as atividades comerciais e sociais, com a ida de todo o Estado para a fase amarela do Plano São Paulo, motivado pela alta de casos do novo coronavírus em São Paulo.
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“O decreto pode acabar criando mais situações de risco, principalmente diante das necessidades das famílias fazerem suas compras de Natal”, disse a deputada, que pede um estudo do governo paulista para permitir que as pessoas tenham um horário mais amplo para frequentar estabelecimentos comerciais e restaurantes, destacando a necessidade do distanciamento social e da higienização constante.
Há outras entidades que também discordam da necessidade das restrições do Plano São Paulo. Em entrevista à Gazeta, o economista-chefe da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Marcel Solimeo, afirmou que a notícia anunciada pelo governador chegou em um momento em que os comércios na Capital havia aumentado os gastos por causa das vendas natalina, e disse que a ACSP vai acatar o decreto, apesar da discordância. “Não vemos lógica nessa medida”, diz.
“Dezembro é o mês mais importante para o varejo. O varejo se preparou para um aumento de vendas e se preparou para atender o consumidor com segurança. Fez gastos muito grandes para isso”, diz o economista. “Não vemos muito sentido em se reduzir o número de horas e o espaço disponível para o comércio atender em um período que deve aumentar a procura e a demanda”, explica.
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Segundo ele, a expectativa era que houvesse até uma ampliação da permissão para a abertura do comércio neste fim de ano. Para o economista, a conta é simples: quanto mais tempo de funcionamento de uma loja, menos aglomeração há. “Tivemos o exemplo agora recente da eleição em que o tribunal aumentou em 2 horas o horário da eleição para impedir aglomeração. Estávamos esperando alguma coisa nesse mesmo sentido para o varejo”.
Para Solimeo, o endurecimento do Plano São Paulo causou ainda mais estranheza por ter sido anunciada no dia seguinte das eleições municipais, que garantiram a vitória de Bruno Covas (PSDB) na capital paulista. Ele também afirmou que as regras impostas valeriam para meses atrás, mas que não atende a realidade atual.
A fase amarela do Plano São Paulo não fecha atividades econômicas, mas torna as regras de funcionamento mais rígidas. Estabelecimentos como bares, restaurantes, academias, salões de beleza, shoppings, escritórios, concessionárias e comércios de rua voltam a ter limitações de horário e capacidade de público.
O atendimento presencial em todos os setores fica restrito a dez horas diárias, sequenciais ou fracionadas, e 40% de capacidade. Os estabelecimentos terão que fechar o atendimento local até as 22h. Todos os eventos com público em pé estão proibidos na fase amarela. O Plano São Paulo sofrerá atualizações a cada sete dias.
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