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Nilton Tatto COLABORADOR | /Divulgação
Em sua visita aos Estados Unidos, Jair Bolsonaro afirmou à um grupo de empresários que o Brasil "ainda precisa desconstruir muita coisa antes de começar a construir". A afirmação soou como música para os ouvidos dos norte-americanos, mas para os brasileiros que já estão pagando as contas do desmonte, acendeu o alerta vermelho.
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Alguns dias depois, em viagem à Israel, o presidente e sua equipe cometeram uma série de afrontas à diplomacia brasileira, envergonhando a história do Itamaraty e seus esforços por relações internacionais amistosas. Ignorou convite de palestinos; ameaçou transferir a embaixada brasileira para Israel; contradisse o Museu do Holocausto e de quebra seu filho ainda agrediu o Hamas, uma das principais organizações do povo palestino.
Barbaridades também levaram a China, o maior parceiro comercial do Brasil, a reduzir a compra de carne e soja nacionais. O uso abusivo de agrotóxicos foi decisivo no posicionamento dos chineses que impactará de forma brutal as nossas exportações.
Em pouco mais de 3 meses, o governo ainda conseguiu violentar o Ibama, exonerando funcionários, cortando recursos e diminuindo suas atribuições. Outra vítima foi o IBGE, órgão de excelência reconhecido internacionalmente que sofreu duros ataques após resultados de pesquisas desfavoráveis ao governo Bolsonaro. Seguiram ainda cortes em programas como o Minha Casa Minha Vida; a reforma agrária; o Programa de Aquisição de Alimentos; a Demarcação de terras de povos tradicionais, e claro, a infindável crise no Mais Médicos.
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Os maiores desmontes, no entanto, vem ocorrendo no Ministério da Educação e Cultura, justamente o que deveria receber mais investimentos. Há ainda a "Reforma da Previdência", a menina dos olhos do governo Bolsonaro, que se aprovada, será um golpe fatal para os trabalhadores. Felizmente existe uma boa chance de que a proposta não seja aprovada no Congresso, mas para isso temos que nos mobilizar, garantindo que Bolsonaro não cumpra sua promessa de desconstruir o Brasil.
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