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Cotidiano

Direção de escola é afastada após uso de verba

Direção de escola em Guarujá teria gasto R$ 17 mil para a retirada de uma árvore

Bruno Hoffmann

01/08/2019 às 01:00

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A Diretoria de Ensino da Região de Santos da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo resolveu afastar, definitivamente, a diretora e a vice-diretora da Escola Estadual Nossa Senhora dos Navegantes, localizada à rua Orlando Botelho Ribeiro, 2.008, no bairro Santa Cruz dos Navegantes, em Guarujá, na Baixada. Entre os motivos está o suposto gasto de R$ 17 mil para a retirada de uma árvore - serviço que foi feito gratuitamente pela prefeitura.

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O dirigente regional de ensino de Santos, professor João Bosco Guimarães, informou que existe um processo de averiguação em trâmite, cujo resultado deverá ser apresentado em 60 dias. "Estamos analisando, entre os professores da escola, qual teria o perfil para assumir a direção. Também estamos nos reunindo com o corpo docente, funcionários e estudantes (Grêmio Estudantil) para traçarmos um plano de trabalho para os próximos meses", disse por telefone.

O caso vem sendo acompanhado pelo Ministério Público (MP), que recebeu um verdadeiro relatório sobre possíveis irregularidades, inclusive imagens da árvore sendo retirada pela Terracom (empresa responsável também por esse serviço), com auxílio do Corpo de Bombeiros. O alto custo do serviço de retirada da árvore consta nas verbas emergenciais no Plano de Gestão Quadrienal 2019/22, junto com a reforma do telhado de escola, que ficou mais barata - R$ 16 mil. Também faz parte da denúncia o não funcionamento, desde sua instalação, de um elevador para deficientes, equipamento que custou mais de meio milhão para a Secretaria de Educação do Governo do Estado.

A denúncia foi encaminhada por Marcela Almeida Santiago, mãe de dois alunos. Além de Marcela, o vereador Manoel Francisco dos Santos Filho, o Nequinho (PMN), havia protocolado um ofício na Diretoria Regional de Ensino pedindo informações sobre os gastos da unidade com a manutenção da escola. Ele desconfia de suposto desvio de recursos e pediu o afastamento da Direção da unidade, o que acabou ocorrendo. Nequinho já se manifestou publicamente na Câmara de Vereadores. O caso também já é de conhecimento da Ouvidoria Geral do Estado. Segundo Marcela e Nequinho, a Escola Nossa Senhora dos Navegantes recebe verba para manutenção do Estado e ajuda financeira da comunidade para pequenos reparos. No entanto, os banheiros dos alunos estão em condições precárias; o telhado da escola possui vazamentos (apesar da reforma registrada); as janelas das salas de aula estão sem vidros; os corrimãos estão danificados; e ainda existem problemas na tubulação interna de esgoto. No documento encaminhado à Diretoria de Ensino, Nequinho solicita o relatório de despesas da escola desde outubro de 2017 a 12 de julho de 2019, para que tudo seja apurado.

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Já explicou.

Na ocasião da denúncia, o professor João Bosco havia adiantado que os R$ 17 mil seriam relativos não só à retirada de árvore, mas também reparos hidráulicos e elétricos envolvendo a caixa de água da unidade. Ele disse desconhecer conserto de telhado na ordem de R$ 16 mil. João Bosco confirmou um rompimento de cabos que afetou a sala de informática, que os R$ 5 mil do grêmio foram gastos com aparelhos de som e imagem e material esportivo. Quanto a falta de material básico, como papel higiênico, teria sido momentânea.

(Carlos Ratton/DL)

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