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Esta sexta foi marcada por fortalecimento global da moeda americana por conta da guerra comercial entre EUA e China | /Alex Kalina
Com o ambiente político conturbado na sexta-feira, o dólar acelerou o ritmo de alta, chegando a registrar R$ 4,1127 na máxima, em alta de 1,91%. Ao fim do pregão, a moeda americana marcou R$ 4,1002, com elevação de 1,60%.
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É a maior cotação de fechamento do dólar no País desde 19 de setembro de 2018, quando terminou a R$4,13, depois da notícia de que, durante as eleições presidenciais, Paulo Guedes (atual ministro da Economia do presidente Jair Bolsonaro) estudava a criação de um novo imposto nos moldes da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira).
Embora a sessão desta sexta-feira tenha sido marcada por fortalecimento global da moeda norte-americana por conta da guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, o real esteve entre os piores desempenhos das divisas emergentes, evidenciando o peso de fatores domésticos sobre a formação da taxa de câmbio.
No mercado de ações, o Ibovespa amargou o terceiro pregão consecutivo de queda, perdendo o nível dos 90 mil pontos.
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O principal índice de ações do País terminou a sexta-feira aos 89,992,73 pontos, em baixa de 0,04%.
De acordo com operadores do mercado, a sequência de notícias políticas negativas e a deterioração das expectativas econômicas levaram os investidores a adotar uma postura mais defensiva, migrando para a moeda norte-americana.
EXTERIOR.
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No exterior, os mercados acompanham os desdobramentos da disputa entre chineses e norte-americanos. De acordo com o Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês), o aprofundamento das tensões comerciais nesta semana provocou a maior fuga de recursos de investidores estrangeiros das bolsas da China desde o ano de 2015.
Nesse período, foram retirados do mercado acionário chinês US$ 2,76 bilhões, que se somaram à saída líquida de US$ 2,56 bilhões na semana anterior, totalizando US$ 5,32 bilhões em apenas 15 dias.
Na quinta-feira, o dólar à vista fechou cotado a
R$ 4,0357, no maior valor desde setembro de 2018, e a Bolsa caiu 1,75%, chegando aos 90.024 pontos.
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A preocupação com o cenário piorou nesta sexta-feira depois que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) distribuiu em diversos grupos de WhatsApp um texto de "autor desconhecido" que trata das dificuldades que ele estaria enfrentando para governar.
O texto diz que o presidente está "sofrendo pressões de todas as corporações, em todos os poderes" e afirma que o País "está disfuncional", não por culpa de Bolsonaro, mas que "até agora (o presidente) não fez nada de fato, não aprovou nada, só tentou e fracassou".
Procurado pelo jornal "O Estado de São Paulo" para comentar sobre a mensagem, o presidente respondeu por meio do porta-voz: "Venho colocando todo meu esforço para governar o Brasil. Infelizmente os desafios são inúmeros e a mudança na forma de governar não agrada àqueles grupos que no passado se beneficiavam das relações pouco republicanas. Quero contar com a sociedade para juntos revertermos essa situação e colocarmos o país de volta ao trilho do futuro promissor. Que Deus nos
ajude!". (EC)
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