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Cotidiano

Doria busca criar alternativa sem ruptura com Bolsonaro

Bruno Hoffmann

10/04/2019 às 01:00

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João Doria e Jair Bolsonaro em encontro com governadores

João Doria e Jair Bolsonaro em encontro com governadores | /Marcelo Camargo/Agência Brasil

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), chega ao centésimo dia de seu mandato nesta quarta em meio a um complexo e arriscado processo de montagem de imagem política. O objetivo, naturalmente negado pelo governador, é liderar um polo de poder alternativo ao governo Jair Bolsonaro (PSL) sem antagonizar-se de forma decisiva com o presidente. Doria trabalha alianças enquanto busca criar marcas na segurança pública, mas a turbulência do começo da gestão Bolsonaro o fez assumir um papel central na defesa da reforma que considera vital à economia, a da Previdência. Trabalhou pessoalmente para aparar as arestas entre o mandatário e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), no ensaio de crise institucional da semana retrasada. Há cálculos objetivos. O governador diz sempre a aliados que, sem a reforma, São Paulo quebra junto com o Brasil. Ele também quer afastar a repetição da acusação de ser traidor que lhe foi impingida pelo seu "criador", o ex- governador paulista Geraldo Alckmin (PSDB). Sua movimentação acelerada em 2017, quando assumiu a Prefeitura de São Paulo e começou a agir como presidenciável, atropelando o sempre cauteloso Alckmin, não cicatrizou. Doria, ciente de que seu eleitorado não é tão diverso do que aquele que levou Bolsonaro ao poder, quer evitar tal acusação do presidente. Candidato, ele colou seu nome ao do então presidenciável no segundo turno de 2018, já com a âncora tucana cortada de seu barco com o humilhante quarto lugar de Alckmin na disputa pelo Planalto. Bolsonaro largou no poder com baixa popularidade - apenas 32% de aprovação da população passados cem dias, segundo o Datafolha. O problema é que o movimento para manter a governabilidade mínima também possibilita eventual recuperação da imagem de Bolsonaro, o que aliados de Doria consideram inevitável se o ambiente econômico melhorar. Ou seja, Doria pode ajudar Bolsonaro a ser um candidato viável à reeleição em 2022. Como é muito cedo para sondar isso, o governador está preso à sua tática por ora. Enquanto isso, vem promovendo movimentações nacionais.
(Igor Gielow/FP)

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