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Rio Pinheiros | Joe Silva/Gazeta de S. Paulo
“Nosso compromisso prioritário é despoluir o Rio Pinheiros e entregá-lo limpo à população de São Paulo até dezembro de 2022”, declarou o então governador João Doria em 2019. Ele destacou que o Rio Tietê, sendo mais complexo, demandaria mais tempo para sua despoluição. Essa projeção ambiciosa foi feita no primeiro ano de seu mandato.
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Contrariando as expectativas, a qualidade da água no Rio Pinheiros, especialmente próximo ao Palácio dos Bandeirantes, é pior do que qualquer trecho do Rio Tietê, segundo dados recentes do Tribunal de Contas do Estado (TCE).
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Dividido em 14 lotes, o Programa Novo Pinheiros de João Doria prometia beneficiar cerca de 3,3 milhões de pessoas que moram no entorno do rio, uma área de 271 quilômetros quadrados. Ousado, o projeto prometia sanear bairros de São Paulo, Embu das Artes e Taboão da Serra, todos na bacia hidrográfica do Pinheiros.
Os contratos de financiamento firmados entre o Estado e os bancos internacionais também previam a execução de 152 mil ligações de água e a troca de 850 km de rede de água, para a redução de perdas na Grande São Paulo.
Seriam investidos ainda recursos na coleta e tratamento de esgoto no entorno da represa do Guarapiranga, para a despoluição do reservatório. Só na Guarapiranga, que fica próxima à área mais poluída do Pinheiros, a contrapartida prometida pela Sabesp era de US$ 100 milhões, algo em torno de R$ 500 milhões em valores atuais.
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Apesar dos altos investimentos e dos resultados questionáveis, a Sabesp foi reconhecida no 7º Prêmio Casos de Sucesso & ESG do Instituto Trata Brasil. O concurso é organizado em parceria com o Centro de Estudos de Infraestrutura e Soluções Ambientais da Fundação Getúlio Vargas (CEISA-FGV).
O prêmio foi concedido à estatal por seu trabalho de redução de perdas de água e ações para despoluir o Rio Pinheiros. Pela primeira vez, o Instituto Trata Brasil reconheceu publicamente os “Melhores Casos ESG”.
A premiação foi entregue pela FGV em agosto de 2023, portanto, dois meses antes do relatório obtido pelo TCE que aponta ‘água’ com “péssima” qualidade no trecho do rio próximo ao Palácio dos Bandeirantes e à Ponte João Dias.
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“Tão importante quanto despoluir o rio foi a população de quase 2,5 milhões de pessoas beneficiadas com coleta e tratamento de esgoto. Pessoas que, com o Novo Rio Pinheiros, passaram a ter mais saúde e qualidade de vida e viver em ambientes mais limpos e saudáveis”, comemorou a superintendente de Sustentabilidade e Governança da Sabesp, Virgínia Ribeiro, na ocasião.
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