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Cotidiano
Transferência. Presidente afirmou que 'é direito' dos palestinos reclamarem de sua intenção de mudar a embaixada brasileira
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Bolsonaro visitou nesta segunda-feira o Muro das Lamentações, ao lado de Benjamin Netanyahu | / MENAHEM KAHANA/ASSOCIATED PRESS
O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro (PSL), afirmou nesta segunda-feira que "é direito" dos palestinos reclamarem de sua intenção de mudar a embaixada brasileira em Israel para Jerusalém e que tem até 2022, quando termina seu mandato, para fazer a transferência. A declaração foi dada após Bolsonaro sair de um almoço em um hotel em Jerusalém, um dia após anunciar a abertura de um escritório de negócios na cidade - uma repartição sem status
diplomático.
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Nesta segunda, o brasileiro voltou a afirmar que pretende mudar a embaixada, uma de suas promessas de campanha. Ele chegou neste domingo (31) a Israel e fica no país até quarta (3). "Tenho compromisso, mas meu mandato vai até 2022. Tem que fazer as coisas devagar, com calma, sem problemas", afirmou ele.
"O que eu quero é que seja respeitada a autonomia de Israel. Se eu fosse hoje abrir negociações com Israel, eu colocaria a embaixada onde? Em Jerusalém. Não queremos ofender ninguém, mas quero que respeitem a nossa autonomia", afirmou. Indagado por jornalistas como essa decisão seria recebida pelos palestinos e se ela viola resoluções da ONU sobre Jerusalém, o presidente disse que "é direito deles reclamar". No domingo, após o anúncio da abertura do escritório em Jerusalém, a Autoridade Palestina condenou "nos termos mais fortes" a decisão brasileira e convocou seu embaixador no Brasil para consultas. O comunicado palestino considera a decisão brasileira "uma violação flagrante da legitimidade e das resoluções internacionais, uma agressão direta ao nosso povo e a seus direitos e uma resposta afirmativa para a pressão israelense-americana que mira reforçar a ocupação e a construção de assentamentos e na área ocupada em Jerusalém". Os palestinos reivindicam Jerusalém como capital, assim como Israel . Enquanto o conflito não é resolvido, a maior parte dos países segue a orientação da ONU e mantém suas representações em Tel Aviv - só os Estados Unidos e a Guatemala mudaram a embaixada para Jerusalém. (FP)
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