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Cotidiano

Educadora investigada por dopar crianças é demitida

Bruno Hoffmann

25/10/2019 às 01:00

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A prefeitura de Votuporanga, no interior de São Paulo, demitiu uma educadora do Centro Municipal de Educação Infantil (Cemei) Valter Peresi sob suspeita de ter dopado nove crianças. A decisão da exoneração foi publicada no Diário Oficial do município em 16 de outubro.

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A sindicância para apurar o caso foi aberta em 3 de maio, após exames em um bebê de 11 meses encontrarem o medicamento Clonazepam no sangue e na urina da criança. O remédio - que tem entre os nomes comerciais o Rivotril - só pode ser utilizado com prescrição médica azul, em casos de alterações neurológicas e síndrome do pânico.

Em 11 de julho, foi pedida a instauração de um processo administrativo disciplinar contra a servidora exonerada e processo de sindicância contra as outras funcionárias.

A Procuradoria-Geral do Município afirma que levou em consideração "toda prova produzida, oitivas de testemunhas, depoimento pessoal da processada e documentação acostada ao processo", sendo comprovado "o cometimento de falta funcional de natureza grave", resultando em demissão de uma educadora infantil.

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"Ficamos aliviados com a exoneração. Prevenimos uma fatalidade. Agora as mães querem justiça na área criminal e uma reparação civil por parte da prefeitura. Aguardamos quais providências o Ministério Público Estadual irá tomar. A polícia já concluiu o inquérito policial", disse o advogado das mães,
Hery Kattwinkel.

O Ministério Público do Estado de São Paulo e a Polícia Civil continuam investigando as denúncias. Procurado, o advogado da servidora exonerada, José Alberto dos Santos, lamentou o que chamou de "maneira equívoca, imprecisa e temerária com que foi conduzido todo o processo administrativo". Ele afirmou que tomará "todas medidas cabíveis para reverter a situação".

Com relação às demais servidoras, a prefeitura de Votuporanga afirmou que, após sindicância interna, foi determinado o arquivamento do processo envolvendo uma das funcionárias. Outras duas foram suspensas por 15 dias, sem remuneração, "por cometimento de falta funcional de natureza média". O município, porém, não detalhou qual foi a infração cometida por cada uma das funcionárias
acusadas.

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Relembre os casos.

Com seis meses, Hector (nome fictício) começou a frequentar o Cemei. Menos de um mês depois, foi entregue desacordado nos braços do pai. O episódio mais grave aconteceu em 5 de outubro de 2018. A criança chegou bem ao Cemei. No meio da tarde, educadoras perceberam que o corpo da criança estava mole. O bebê foi encaminhado ao hospital. Depois de três dias, Hector teve alta e retornou para a escola. Em 18 de outubro do ano passado, a criança apresentou os mesmos sintomas, quando a mãe decidiu fazer um B.O. (EC)

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