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Cotidiano
Em vez de um mandato renovável de 2 anos, como tem sido, o próximo presidente do PSDB exerceria a função por 4 a 6 meses
04/04/2019 às 01:00
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A articulação, se vingar, será um revés para o governador João Doria, que apadrinhou a candidatura de ex-deputado | /Divulgação/Governo do Estado de SP
Decanos tucanos articulam reservadamente que o comando do partido passe a ser rotativo.
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Em vez de um mandato renovável de dois anos, como tem sido, o próximo presidente, que deve ser escolhido em maio, exerceria a função por quatro a seis meses, dando espaço em seguida a outro membro da executiva, e assim sucessivamente.
Expoentes como os senadores José Serra (SP) e Tasso Jereissati (CE) foram consultados. "Eu acho uma boa ideia", disse o cearense.
O ex-governador paulista Geraldo Alckmin, presidente nacional do PSDB, também faz parte das negociações, segundo relatos feitos à
reportagem.
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Consultado, Alckmin disse por meio de sua assessoria que "a sucessão não entrou ainda na pauta do PSDB". "De qualquer forma ele não pretende propor o rodízio na presidência", afirmou.
A articulação, se vingar, será um revés para o governador de São Paulo, João Doria, que apadrinhou a candidatura do ex-deputado e ex-ministro Bruno Araújo (PE) para a presidência do PSDB.
Tendo um aliado à frente da sigla, ele fica bem posicionado para a eleição presidencial de 2022. Aliados de Doria condenaram a iniciativa.
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"Ideia de jerico", comentou o prefeito de São Bernardo do Campo (SP), Orlando Morando (SP). "É inconsistente, um absurdo, tem que fazer uma coisa programada. Em seis meses não dá para construir nada", rechaçou o aliado de Doria.
A convenção nacional do PSDB será em maio, em dia ainda não fechado. Na ocasião, será eleita uma nova executiva nacional. A expectativa do grupo do governador de São Paulo é ampliar sua representatividade no colegiado, hoje dominado pela velha guarda.
Fazem parte da atual direção tucanos com problemas judiciais que não se elegeram em 2018, como os ex-governadores Marconi Perillo (GO) e Beto Richa (PR) e o ex-ministro Aloysio Nunes Ferreira (SP).
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Em seu trabalho para se consolidar como um líder nacional, Doria convidou as bancadas do PSDB na Câmara e no Senado para um jantar no Palácio dos Bandeirantes no próximo dia 12.
Ele também montou uma equipe de governo com ex- ministros de partidos grandes, já antecipando costuras de alianças eleitorais em 2022.
A aproximação entre Doria e Araújo começou depois de se eleger prefeito de São Paulo, em 2016. Ao tomar posse, o tucano começou um giro pelo País para se viabilizar candidato a presidente, em detrimento de Alckmin.
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Na ocasião, o tucano encontrou em Pernambuco um aliado entre os cabeças pretas, jovens do PSDB que queriam renovação no partido. Naquele ano, Araújo assumira o Ministério das Cidades do governo Michel Temer (MDB) e manteve próxima a relação com Doria, eleito prefeito. (FP)
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