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Hoje, a empresa vencedora está sob comando do filho do réu, que tem 18 anos; o Metrô desclassificou três dos cinco concorrentes | /URIEL PUNK/PHOTO PREMIUM
Uma empresa ligada diretamente a um réu do cartel do Rodoanel Sul foi contratada pelo Metrô de São Paulo, por R$ 342 milhões, em uma licitação para instalação de portas de plataforma em 36 estações. Hoje, a empresa vencedora está sob o comando do filho do réu, que tem 18 anos. Na disputa, o Metrô desclassificou três dos cinco concorrentes.
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A estatal argumenta que a licitação ocorreu de forma regular, obedecendo a Lei de Licitações, e diz que não avalia as pessoas físicas que compõem os grupos com quem faz contrato. O réu é o engenheiro Francisco Germano Batista da Silva, ex-diretor da OAS Engenharia. Em setembro, ele foi denunciado, com outros 34 executivos de 24 empresas (além do ex-presidente da Dersa Paulo Vieira de Souza), por participar do suposto cartel acusado de fraudar licitações do Trecho Sul do Rodoanel.
Silva fundou a empresa MG Engenharia, com um sócio, em junho do ano passado, pouco antes de ser citado pela Justiça. Em dezembro, ele deixou a sociedade e, em seu lugar, assumiu o filho, Victor Germano Moreira Batista da Silva, nascido em junho de 2000. A MG ainda tem como sócia outra empresa, que também é administrada pelo filho de Silva. Com essa composição, venceu a licitação do Metrô e assinou o contrato.
A MG Engenharia faz parte do Consórcio Kobra, que tem entre os sócios dois grupos sul-coreanos e é liderado pela Husk Eletrometalúrgica, com sede em Araras (SP). Das três concorrentes desclassificadas pelo Metrô, uma era mais barata: pedia R$ 316 milhões. Todas as empresas que foram desclassificadas apresentaram recursos. (EC)
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