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O jovem José Humberto Pires de Campos, de 25 anos, que lutou na Justiça pelo direito de morrer e, no último instante, optou por viver, ganhou ajuda em sua luta para ter, agora, uma vida normal. O empresário Nelson Nolé, de Sorocaba, acompanhou o drama da mãe e do filho, mostrado em reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo", e decidiu doar uma cadeira de rodas motorizada ao rapaz. O equipamento será despachado para Trindade, cidade goiana onde José Humberto mora com a mãe.
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José Humberto quer trabalhar para ajudar a mãe, que precisou deixar o emprego como professora para cuidar do filho e trabalha em casa, como costureira. Em razão da doença e do período em que ficou em coma, após recusar o tratamento médico, o jovem perdeu os movimentos dos pés e da mão direita. Para se locomover, ele depende de alguém que o empurre com a cadeira de rodas. De acordo com Nolé, com o equipamento motorizado, ele poderá acionar os comandos com o braço esquerdo, com grande autonomia.
O jovem goiano descobriu uma doença renal grave em 2015, quando morava nos Estados Unidos com o pai, que é separado de sua mãe. Ele foi obrigado a fazer hemodiálise, mas não aceitava o tratamento. Trazido de volta para o Brasil pela mãe, ele revelou o desejo de morrer e recorreu à Justiça para não ser obrigado a se tratar. A mãe também entrou com ação para obrigar o filho ao tratamento, mas não obteve sucesso.
Em março do ano passado, quando o jovem já agonizava no hospital, José Humberto chamou a mãe e disse que mudara de ideia e queria viver. A resistência ao tratamento, que o levou a um coma de 11 dias, produziu sequelas. O rapaz, agora, faz fisioterapia em clínica de tratamento neurológico e passa por sessões de hemodiálise três vezes por semana, além de seguir as dietas com vitaminas. Ele diz que vê na mãe sua melhor parceira. (EC)
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