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A decisão foi firmada entre a Prefeitura e o sindicato das empresas de ônibus
08/02/2022 às 13:33
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Onibus da EMTU | /thiago neme/gazeta de s. paulo
Devido a uma decisão firmada entre a Prefeitura de São Paulo e as empresas de ônibus em dezembro de 2021, os ônibus que circulam na capital paulista não devem contar com novos cobradores a bordo.
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A SPTrans, que administra os transportes no município, enviou em janeiro deste ano um ofício informando que deixará de pagar 2,5% da remuneração que atualmente é oferecida aos cobradores. A medida passará a valer a partir de abril.
Com a decisão, as empresas de ônibus que operam na Capital que decidirem contratar novos cobradores devem pagar sozinhas pela remuneração destes profissionais, o que não parece estar nos planos destas companhias. O texto conta com informações da Band.
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O presidente da SPUrbanuss, Francisco Cristovão, que representa as empresas do setor explica que, com a mudança, novos cobradores não devem ser contratados e que a ideia é fazer a transição aos poucos, evitando demissões em massa.
“A rotatividade nessa função é da ordem de 3% ao mês. Temos um plano de 40 meses é muito tempo para absorver isso naturalmente sem que gere desemprego”, afirma Francisco.
Por sua vez, a Prefeitura de São Paulo alega que os atuais colaboradores que trabalham nas rotas da cidade devem ser realocados em novas funções como as de fiscal e de motorista.
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A decisão de não contratar mais estes profissionais está relacionada, na visão das partes envolvidas, ao fato de que a maioria dos passageiros não utilizar dinheiro em espécie para pagar pela tarifa. De acordo com a SPTrans, 95% dos passageiros utilizam meios digitais para fazer o pagamento a bordo, como o Bilhete Único, por exemplo.
Cerca de 2.700 ônibus que operam na cidade de São Paulo devem perder seus cobradores, especialmente aqueles que têm saída de passageiro pelo lado direito, e este processo deve ser realizado aos poucos, de acordo com a reportagem da Rádio Bandeirantes.
Já os veículos maiores e que possuem saída pela esquerda, por operarem em corredores exclusivos, devem seguir contando com estes profissionais.
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Ao longo do mês de janeiro, devido aos afastamentos causados por doenças respiratórias, incluindo gripe e Covid-19, foi necessário um reforço no quadro de profissionais do transporte rodoviário municipal, com a contratação de cerca de 20% de colaboradores a mais.
O presidente da SPUrbanuss lembra que muitos ônibus de São Paulo já operam sem cobradores e não há, segundo Francisco, prejuízos à qualidade do serviço prestado.
“O cobrador era mantido aqui em São Paulo muito mais por uma questão social do que por uma questão de necessidade. Vamos ter que conviver ainda por um bom tempo. Nós vamos tirando daquelas linhas, por exemplo, sistema noturno, daqui a pouco as linhas que tenham uma frequência muito alta. Caso o passageiro não pegou o ônibus que está sem cobrador pega o do trás que tem. A própria população já está acostumada”, esclarece.
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Em contrapartida, o sindicato dos colaboradores e motoristas alega que não foi consultado pela Prefeitura sobre a decisão. A entidade informa que irá acompanhar a mudança e que vai insistir orientando os colaboradores a não operarem os ônibus sem a presença de cobradores.
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