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Ponto de onibus Av Santo Amaro Eucalipto (4)1 | /Thiago Neme/Gazeta de S.Paulo
A Prefeitura de São Paulo terminou nesta segunda-feira de receber as propostas das empresas que participaram da maior licitação da cidade, a dos contratos de ônibus pelos próximos 20 anos. Dos 32 contratos em disputa, em 31 as empresas pediram a remuneração máxima prevista no edital. Isso só foi possível porque a licitação, na prática, não teve concorrência.
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Todas as companhias que assumirão o transporte de ônibus da Capital já estavam funcionando na cidade e tinham as melhores condições de frota e, principalmente, a posse de garagem para competirem. Isso afastou concorrentes, embora a prefeitura tenha divulgado sua licitação em diferentes estados e até internacionalmente.
A discussão para esta licitação se arrasta desde 2013 e passou pela gestão de três prefeitos (Haddad, Doria e Covas). A prefeitura sempre disse estar buscando competição para o setor que há décadas é comandado pelas mesmas empresas.
No início do mês, o secretário municipal de Transporte Edson Caram, disse que a prefeitura se preparou para receber mais concorrentes, mas os interessados não vieram. "Eu quero gente nova dentro do mercado e uma condição de disputa melhor. Foi para isso que o processo foi construído. Agora, ter coragem de entrar num processo de licitação desse tamanho, numa cidade como São Paulo... pedidos e pedidos foram feitos, mas o pessoal não veio", lamentou
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A prefeitura defende que as empresas que concorreram pedindo a remuneração máxima correram o risco de ter sua proposta vencida por outra empresa que apresentasse um pedido de remuneração mais baixo.
Já para especialistas em transporte, as empresas que já atuam em São Paulo tinham tanta certeza de que seriam as únicas a apresentarem suas propostas que pediram a taxa de remuneração mais alta. "Não tivemos uma concorrência, tivemos uma recontratação e pelo preço máximo. Isso interessa apenas a quem vai explorar o serviço", diz Sérgio Ejzenberg, consultor em transporte.
A única empresa a pedir menos do que o teto da remuneração foi a Gatusa, que atuará na zona oeste de São Paulo.
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NOVO SISTEMA.
Entre as principais diferenças do novo edital para o sistema atual de ônibus da cidade é a divisão dos coletivos em três modalidades, em vez das duas atuais.
A terceira modalidade, intermediária entre o local e o estrutural, será chamada de articulação regional. Ele coletará passageiros em áreas mais adensadas nos bairros e os conectará com ônibus que cumprem distâncias maiores. A expectativa é de que os ônibus locais fiquem mais livres e os maiores ganhem em velocidade média. (FP)
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