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Túnel submerso terá 870 metros de comprimento e ficará a 21 metros de profundidade | Divulgação/MPA
O Brasil terá seu primeiro túnel imerso, com 870 metros de extensão, ligando Santos e Guarujá sob o mar, no litoral de São Paulo.
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O projeto promete transformar a mobilidade urbana no estado de São Paulo, especialmente na Baixada Santista.
A concessionária portuguesa Mota-Engil, que venceu o leilão do Túnel Santos-Guarujá realizado em setembro deste ano, foi oficializada pelo Governo de São Paulo como vencedora definitiva do certame, nesta segunda-feira (20/10).
O túnel submerso terá 870 metros de comprimento e ficará a 21 metros de profundidade. A estrutura será formada por blocos pré-moldados, que correspondem aos módulos de concreto, colocados em uma área escavada no canal do estuário.
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O investimento estimado é de R$ 6,8 bilhões, dos quais até R$ 5,1 bilhões serão aportes públicos divididos entre os governos estadual e federal. O contrato de 30 anos abrangerá construção, operação e manutenção.
A obra será realizada de forma a preservar a operação do Porto de Santos e garantir a passagem de embarcações.
A profundidade do túnel será de 21 metros.
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As obras também devem gerar aproximadamente 9 mil empregos diretos e indiretos durante a construção e operação.
O projeto é uma demanda antiga da população e vai reduzir o tempo de deslocamento entre as duas áreas urbanas.
Atualmente, a travessia entre Santos e Guarujá leva em média 18 minutos de balsa, sujeita a longas filas, ou até uma hora de carro pela estrada.
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Com o túnel, o percurso poderá ser feito em apenas cinco minutos, beneficiando moradores e trabalhadores da região, cerca de 2 milhões de pessoas.
Mais de 21 mil veículos cruzam diariamente as duas margens utilizando barcos de pequeno porte (catraias) e as balsas, além de 7,7 mil ciclistas e 7,6 mil pedestres.
O túnel ligará Outeirinhos e Macuco, em Santos, ao bairro Vicente de Carvalho, em Guarujá.
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O estudo de mobilidade do projeto concluiu que a localização mais adequada do túnel é no centro do canal, atendendo as necessidades logísticas da região.
O túnel terá espaço para ciclistas e pedestres, localizado entre as seis faixas, sendo três por sentido, com uma adaptável ao Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).
Confira todas as etapas que fazem parte da construção do projeto:
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A primeira etapa é a preparação do fundo do canal onde o túnel será instalado. Uma trincheira é cavada no local para abrigar os módulos que formarão a estrutura.
Também serão instaladas placas de concreto na vala para suportar os elementos de túnel.
Os elementos de túnel são peças de concreto construídas em uma doca seca, de preferência próxima ao local onde ficará o túnel, que contam com piscinas provisórias no seu interior. Os reservatórios fazem com que a estrutura não afunde na água em um primeiro momento.
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Quando as peças ficam prontas, elas passam por testes de vedação e impermeabilidade. Na sequência, a doca seca é inundada. Por conta das piscinas provisórias, os módulos flutuam para serem transportados por rebocadores para o local onde o túnel vai ficar.
As estruturas são fixadas em pontes flutuantes e posicionadas por sistemas eletrônicos no ponto exato onde devem ser imersos.
A água presente nas piscinas provisórias do interior dos módulos é bombeada, fazendo submergir lentamente os elementos do túnel. Esse processo é monitorado por sensores.
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Por meio de guinchos hidráulicos, as estruturas são aproximadas, até o contato entre eles.
A união final dos módulos de túnel contíguos é feita pela diferença de pressão atmosférica no interior do elemento já posicionado e a pressão que a água exerce nessa nova estrutura.
Em uma das extremidades do elemento inserido, são ancorados macacos hidráulicos, que movimentam pinos de aço para nivelar o módulo.
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Os pinos são soldados e os macacos hidráulicos, retirados. Em seguida, é injetada areia na base, formando uma “cama” para assentar o elemento de túnel.
Por fim, uma camada de pedras é utilizada para recobrir e proteger o túnel contra impactos de embarcações e o enganchamento de âncoras soltas.
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