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Cotidiano
Associações entendem que a ação seria um paliativo que ignora os impactos que o aumento das prisões e apreensões causarão para os mais diferentes setores da Segurança Pública
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Viaturas da Policia Civil | Divulgação/Governo do Estado
Um manifesto assinado por cinco entidades que representam servidores da Segurança Pública faz críticas à Operação Sufoco, anunciada recentemente pelo governador Rodrigo Garcia (PSDB), que tem como objetivo combater a onda de assaltos cometidos por falsos entregadores.
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As entidades entendem que a ação seria um paliativo que ignora os impactos que o aumento das prisões e apreensões causarão para os mais diferentes setores da Segurança Pública. Na opinião dos servidores, o plano foi "feito às pressas, de forma temporária e sem a profundidade que o tema requer e o cidadão exige."
O manifesto aponta que o déficit na Polícia Civil é de 36%, algo que chega a 55% em algumas carreiras da Polícia Técnico-Científica, o que ocasiona uma sobrecarga de trabalho. No caso dos peritos criminais do Instituto de Criminalística e médicos legistas do IML, a defasagem seria de cerca de 40% no quadro de servidores.
Na proposta do governo, para essa operação, 3.000 policiais militares e 500 policiais civis receberiam gratificações para vender folgas e aumentar o patrulhamento das ruas.
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As associações, pois apontam que a falta de descanso adequado afetaria a saúde física e mental dos policiais - o que poderia comprometer a qualidade do trabalho, em uma profissão de alto risco, na qual erros não podem acontecer por colocar vidas, de civis ou deles próprios, em risco.
Outro argumento aponta para os baixos salários no estado, o que obrigaria muitos trabalhadores da categoria a fazer bicos para complementar a renda e que, portanto, a Operação Sufoco propunha, na verdade, a "oficialização do bico".
O manifesto ainda reclama de não ter as reivindicações atendidas pelo governo estadual de São Paulo há décadas e finaliza apontando que "segurança pública eficiente é feita com policiais bem treinados e bem remunerados, com estrutura, tecnologia e investimentos em inteligência e investigação".
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Entre os signatários da nota estão a Defenda PM (Associação de Oficiais Militares do Estado de São Paulo em Defesa da Polícia Militar); a AMLESP (Associação de Médicos Legistas do Estado de São Paulo; o SINDPESP (Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Estado de São Paulo); o Sifuspesp (Sindicado dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo); e o SINPCRESP (Sindicato dos Peritos Criminais do Estado de São Paulo).
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