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Ex-ministros da Educação participaram de encontro no Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo, nesta terça | /Danilo Verpa/Folhapress
Seis ex-ministros da Educação se reuniram na manhã desta terça-feira na USP para manifestar preocupação com as políticas voltadas para educação do governo de
Jair Bolsonaro.
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O grupo entregou um documento em que defende a liberdade de cátedra, autonomia acadêmica e se coloca contrário a "perseguição ideológica" e aos cortes da pasta.
"Contingenciamentos ocorrem, mas em áreas como educação e saúde, na magnitude que estão sendo apresentados, podem ter efeitos irreversíveis e até fatais. (...) Cortar recursos da educação básica e do ensino superior, no volume anunciado, deixará feridas que demorarão a ser curadas", diz a nota.
Estiveram presentes os ex- ministros José Goldemberg (governo Collor), Murílio Hingel (Itamar Franco), Cristovam Buarque (Lula), Fernando Haddad (Lula e Dilma) e Aloizio Mercadante (Dilma). Renato Janine, também ex- ministro de Dilma, organizou o encontro, realizado no Instituto de Estudos Avançados da USP. Outros ex-ministros foram convidados, mas não responderam ou não puderam comparecer.
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Para os seis ex-ministros presentes, a educação deixou de ser vista como uma promessa. "Vemos que, no atual governo, ela é apresentada como ameaça".
Segundo a nota, é preciso respeitar a profissão docente, "que não pode ser submetida a nenhuma perseguição ideológica".
"Convidar os alunos a filmarem os professores, para puni-los, é uma medida que apenas piora a educação, submetendo-a a uma censura inaceitável", afirmaram, no documento.
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No encontro, os ex-ministros defenderam o que chamaram de consenso sobre políticas públicas de educação, que seriam de Estado, não sujeitas a governos. Afirmam que a educação depende da continuidade dessas medidas já pactuadas entre atores de diferentes partidos e governos, nas esferas municipais, estaduais e federais.(FP)
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