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Cotidiano
Julgamento acontece 4 anos depois do crime; vítimas foram mortas na sede da Pavilhão Nove com tiros na nuca em 2015
29/05/2019 às 01:00
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Oito corintianos foram mortos com tiros na nuca em churrasco na sede de torcida organizada | /REPRODUÇÃO/TV GLOBO
Começou nesta terça-feira o julgamento do ex-policial militar Rodney Dias dos Santos, um dos acusados de participar da chacina que matou a tiros oito corintianos em 2015, na sede da torcida organizada Pavilhão Nove, na zona oeste. O julgamento é conduzido pela juíza Giovanna Christina Soares, no Fórum Criminal da Barra Funda.
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Santos será julgado por sete jurados. Serão ouvidas oito testemunhas, de acusação e defesa. Ele nega que tenha participado da execução.
Houve mais duas pessoas envolvidas no crime. O soldado da PM Walter Pereira da Silva foi impronunciado no dia 13 de dezembro de 2017. No caso dele, a juíza entendeu que não havia indícios de que ele teria participado da ação. O outro suspeito nunca foi identificado.
O "G1" não conseguiu contato com os advogados de defesa do ex-policial Santos e do soldado Silva. Já o Ministério Público afirma que o réu deve ser condenado pelo crime. "É hora de colocar um ponto final nesse processo da Pavilhão Nove com a condenação do responsável por ter praticado uma chacina com oito vítimas", disse o promotor Rogério Leão Zagallo.
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O crime aconteceu em 18 de abril de 2015. Segundo o MP, a motivação do crime foram desavenças e ameaças entre o ex-PM Santos, que é um dos fundadores da organizada, e uma das vítimas, o ex-presidente da torcida, Fábio Neves Domingos. Eles também disputavam pontos de venda de drogas na zona oeste.
Na ocasião, Santos e o soldado Silva entraram na Pavilhão Nove, acompanhados por mais uma pessoa. Eles mandaram o ex-presidente Domingo se ajoelhar com mais sete pessoas na quadra. Os criminosos atiraram na nuca das vítimas.
"Os assassinos agiram como os executores do Estado Islâmico, com as vítimas rendidas, ajoelhadas e mortas com tiros na cabeça", disse o promotor Zagallo em novembro de 2018. Segundo o MP, testemunhas apontaram que havia, de fato, uma rixa entre Santos e Domingos, inclusive ameaças de morte. (GSP)
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