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| Divulgação/Secretaria de Estado da Educação
Uma nova onda de fake news, iniciada no começo de abril, tem assustado pais, professores e alunos em todas as regiões do país, mobilizando a polícia e até o poder público.
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O padrão é o mesmo: o aluno picha em algum lugar da escola, normalmente no banheiro: "Massacre dia X". A maioria tira foto, apaga a frase e depois publica nas redes sociais ou distribui em grupos de WhatsApp, usualmente em um perfil anônimo.
A veiculação da mensagem acaba por chegar aos pais e à escola, provocando um clima de apreensão. Seria uma ameaça real? Para se precaver, os colégios acabam fazendo um boletim de ocorrência, deixando a investigação a cargo das forças públicas.
Na maioria das vezes não é possível identificar o pichador e o caso fica sem solução. Nem mesmo as câmeras de segurança ajudam, uma vez que é proibido colocar monitoramento nos banheiros. Já em casos em que os responsáveis foram descobertos, todos deram a mesma explicação: uma brincadeira para assustar a comunidade escolar.
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Essa onda de fake news a respeito de massacres em escolas surgiu nos Estados Unidos, em dezembro passado, quando grupos passaram a divulgar essas mensagens pelo aplicativo TikTok. Lá, no entanto, são mais comuns esses atos de violência, como o ocorrido recentemente em uma escola em Uvalde, no Texas, quando um jovem de 18 anos matou a tiros ao menos 19 crianças e 2 adultos.
Em dezembro, muitas escolas americanas cancelaram suas aulas após ameaças, principalmente as de cidades do interior do país, e a polícia aumentou seu efetivo. O TikTok chegou a divulgar uma nota afirmando que trabalha para identificar fake news e mensagens ofensivas.
"Lidamos com os rumores de ameaças com a maior seriedade, razão pela qual estamos trabalhando com as autoridades policiais para investigar as advertências de possíveis atos de violência nas escolas", disse a empresa no comunicado. "Não encontramos evidências de que tais ameaças se originaram ou se espalharam pelo TikTok", acrescentou.
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No Colégio Universitário USCS, de São Caetano do Sul (SP), a pichação foi na porta de um dos banheiros da universidade, a que os alunos do colégio têm acesso. Por isso, até mesmo alunos de graduação pediram para que as aulas fossem suspensas, o que não aconteceu.
"O termo 'massacre', escrito na parede de um dos banheiros (apesar da compreensível aflição causada junto à comunidade acadêmica) mostrou-se ser apenas isso: uma pichação de banheiro", diz o colégio em nota à reportagem.
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