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Cotidiano

Governo Lula cria Secretaria de Prêmios e Apostas para fiscalizar bets

A nova secretaria será vinculada ao Ministério da Fazenda e vai contar com outras três subsecretarias

Ana Clara Durazzo

31/01/2024 às 15:12

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A Secretaria de Prêmios e Apostas contará com uma Subsecretaria de Autorização, uma Subsecretaria de Monitoramento e Fiscalização e uma Subsecretaria de Ação Sancionadora

A Secretaria de Prêmios e Apostas contará com uma Subsecretaria de Autorização, uma Subsecretaria de Monitoramento e Fiscalização e uma Subsecretaria de Ação Sancionadora | Ricardo Stuckert/PR

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criou nesta quarta-feira (31) a Secretaria de Prêmios e Apostas, que será responsável pela regulamentação e pelo monitoramento do mercado das bets e dos jogos online.

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A nova secretaria será vinculada ao Ministério da Fazenda e vai contar com outras três subsecretarias. O decreto prevendo a nova estrutura foi publicado no Diário Oficial da União.

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A Secretaria de Prêmios e Apostas contará com uma Subsecretaria de Autorização, uma Subsecretaria de Monitoramento e Fiscalização e uma Subsecretaria de Ação Sancionadora.

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De acordo com o Ministério da Fazenda, a nova estrutura terá o objetivo de aperfeiçoar as ações do governo, com atenção ao processo de regulamentação do mercado de apostas de quota fixa, que abrange as apostas esportivas e os jogos online, além de cumprir atribuições legais da pasta sobre loterias e promoções comerciais.

A nova secretaria, disse o ministério, em nota, também terá a função de monitorar e fiscalizar o mercado das bets.

"Também serão executadas pela nova Secretaria ações de monitoramento e prevenção à lavagem de dinheiro, assim como de monitoramento do mercado, visando, entre outros pontos, o estabelecimento de políticas de jogo responsável, que consiste em medidas, diretrizes e práticas a serem adotadas para prevenção ao transtorno do jogo compulsivo ou patológico, para prevenção e não indução ao endividamento e para proteção de pessoas vulneráveis, especialmente menores, além do monitoramento e fiscalização das ações de comunicação, de publicidade e de marketing, dentre outras atribuições previstas na lei", afirma o texto da nota.

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Em dezembro do ano passado, o Congresso Nacional concluiu a votação do projeto de lei que regulamenta as apostas de alíquota fixa, como as chamadas bets, e também a autorização para cassinos online. A proposta foi sancionada no dia 30 do mesmo mês pelo presidente Lula.

A lei prevê uma alíquota de 12% sobre a arrecadação das casas de aposta descontado o pagamento dos prêmios. Já os apostadores devem pagar 15% do valor obtido com a premiação nesse tipo de aposta.

A lei classifica como apostas de alíquota fixa os eventos "reais de temática esportiva" e também os "virtuais de jogos online" -dispositivo que inclui os games, ou esports, e abre brecha para jogos de azar em ambiente virtual.

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O presidente Lula vetou três trechos da lei, seguindo orientação do Ministério da Fazenda. O veto mais relevante trata de procedimentos para tributação dos prêmios obtidos por apostadores. Lula vetou trecho que permitia não tributar ganhos abaixo de R$ 2.112, valor referente à faixa de isenção do Imposto de Renda.

O jornal Folha de S.Paulo está publicando uma série de reportagens sobre o universo das apostas online. Uma delas mostrou que os gastos dos brasileiros com jogos online e as chamadas bets atingiram cerca de US$ 11,1 bilhões entre janeiro e novembro do ano passado, o equivalente a R$ 54 bilhões.

O valor aproximado corresponde a remessas feitas para empresas do setor que atuam no exterior. A estimativa foi feita com base nas estatísticas mais recentes divulgadas pelo Banco Central. Embora outras operações sejam registradas na mesma conta do balanço de pagamentos, a desagregação dos dados permite um cálculo aproximado do volume pago nas transações envolvendo jogos e apostas.

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Outros texto mostrou que pesquisa Datafolha apontou que 15% dos brasileiros dizem fazer ou já ter feito apostas esportivas online. Quase um terço (30%) dos brasileiros de 16 a 24 anos afirma que já apostou. É o dobro da média de 15% para todo país -7% dizem ter apostado, mas não apostam mais, e 8%, que continuam apostando.

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