Brasil recebe reforço de antídoto para bebida contaminada por metanol

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou na manhã deste sábado (4) que a pasta está ampliando o estoque de antídotos para o tratamento imediato de casos de intoxicação por metanol após a ingestão de bebidas alcoólicas adulteradas.

Segundo ele, o governo Lula já havia adquirido 4,3 mil ampolas do etanol farmacêutico para ter um estoque estratégico para os hospitais universitários federais espalhados pelo Brasil, que podem fornecer na medida que qualquer serviço do SUS solicite.

“Nós adquirimos mais 12 mil ampolas no laboratório nacional, que chega na próxima semana reforçando esse estoque estratégico", anunciou Padilha em entrevista em Teresina.

Até este sábado estavam confirmadas 116 intoxicações suspeitas e 11 confirmadas em 12 estados brasileiros. Pelo menos cinco pessoas morreram em decorrência de complicações.

O metanol é uma substância altamente tóxica que causa diversos sintomas graves quando ingerida, e pode até levar à morte em casos não tratados ou em altas ingestões. Um dos sintomas mais característicos é a cegueira, tanto temporária quanto permanente.

Os tratamentos são realizados principalmente por meio da administração do etanol farmacêutico, com maior disponibilidade no País, e pelo fomepizol, que está sendo importado do exterior pelo governo federal.  

O ministro também informou que a pasta fechou a compra de 2,5 mil ampolas de fomepizol de um fornecedor do Japão, em uma articulação com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas). Os kits devem chegar na próxima semana.

Padilha voltou a recomendar que as pessoas evitem consumo de bebidas alcoólicas, especialmente as destiladas, e pediu para que comerciantes redobrem a atenção com a procedência das bebidas.