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Cotidiano
AI-5. 'Acho que a frase dele foi grave. Além disso ainda fez críticas ao Parlamento', diz o presidente da Câmara
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O ministro Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional, não repudiou um novo AI -5 | /MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criticou nesta segunda-feira o ministro Augusto Heleno, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), e o acusou de virar "um auxiliar do radicalismo do Olavo [de Carvalho]", escritor considerado o guru do bolsonarismo. A reação do deputado foi à declaração do militar, em entrevista ao "Estado", sobre a ideia aventada pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) de se editar um "novo AI-5" para conter o radicalismo da esquerda.
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Na entrevista, Heleno não repudiou a possibilidade e disse que, se Eduardo propôs, era preciso estudar como fazer, pois iniciativas "para organizar o País" sofrem resistência, em uma crítica indireta ao Congresso. "Acho que, se houver uma coisa no padrão do Chile, é lógico que tem de fazer alguma coisa para conter", afirmou o ministro na quinta-feira.
Para Maia, a fala de Heleno foi "grave". "Infelizmente o general Heleno virou um auxiliar do radicalismo do Olavo. É uma pena que o general da qualidade dele tenha caminhado nessa linha", disse Maia, em Jaboatão dos Guararapes (PE), onde viajou para receber uma homenagem. O presidente da Casa disse ainda que há um pedido de convocação do ministro em análise na Câmara.
O Ato Institucional nº 5 foi o mais duro instituído pela ditadura militar, em 1968, ao revogar direitos fundamentais e delegar ao presidente da República o direito de cassar mandatos de parlamentares, intervir nos municípios e Estados. Também suspendeu quaisquer garantias constitucionais, como o direito a habeas corpus. A partir da medida, a repressão do regime militar recrudesceu.
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O general é um dos principais conselheiros do presidente Jair Bolsonaro para assuntos militares. (EC)
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