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Greve geral convocada por grupos indígenas causou bloqueio de estradas, paralisações no transporte e fechamento de comércio | /CARLOS NOREIGA/ASSOCIATED PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Uma greve geral convocada por grupos indígenas que se opõem ao presidente do Equador, Lenín Moreno, provocou o bloqueio de estradas, paralisações no transporte público e o fechamento do comércio em Quito e outras cidades do país
nesta quarta-feira.
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A Confederação Nacional Indígena do Equador (Conaie) reuniu 6 mil indígenas nos arredores da capital equatoriana para pedir a renúncia de Moreno. Eles marcharam de pontos da Amazônia e da Cordilheira dos Andes em protesto contra as reformas econômicas de Moreno, que levaram ao aumento de 123% no preço dos
combustíveis.
Em Guayaquil, para onde transferiu a sede do governo depois de decretar estado de exceção em consequência dos protestos, Moreno descartou renunciar e revogar as medidas, anunciadas após um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) no valor de US$ 42 bilhões.
O presidente também rejeitou diálogo com os grupos indígenas.
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"Não tenho motivos para renunciar pois estou tomando as decisões corretas", disse Moreno.
Revolta contra FMI.
Na manhã de ontem, os militares, que apoiam Moreno, pediram que a greve ocorra sem violência. Nos últimos dias, ao menos 700 pessoas foram presas nos protestos contra o presidente, que assumiu o governo em 2017 e se distanciou do padrinho político, o ex-presidente Rafael Correa, ao adotar uma política econômica
pró-mercado.
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A Conaie acusou o governo de atuar como uma ditadura militar ao reprimir os protestos. Na noite desta terça-feira, 8, o presidente decretou toque de recolher em alguns bairros de Quito que abrigam prédios públicos, depois de um grupo de manifestantes ter invadido a Assembleia Nacional.
"O governo tem dado dinheiro aos bancos e punido os equatorianos mais pobres", disse o presidente da Frente Unida dos Trabalhadores Messias Tatamuez, um dos sindicatos que apoia a paralisação. "Pedimos que todos que sejam contra o FMI, o responsável pela crise, que se juntem à greve."(EC)
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