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Cotidiano

Justiça antecipa julgamento sobre lei de zoneamento em SP e causa perplexidade

Segundo entidades, a alteração foi repentina e feita às pressas, sem que houvesse tempo suficiente para o preparo jurídico

Bruno Hoffmann

16/05/2022 às 18:15  atualizado em 16/05/2022 às 18:23

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Museu de Arte de São Paulo (Masp), na avenida Paulista, localizado na região central de São Paulo

Museu de Arte de São Paulo (Masp), na avenida Paulista, localizado na região central de São Paulo | Eduardo Ortega

O Tribunal de Justiça de São Paulo antecipou para a próxima terça-feira (17) o julgamento da suspensão da revisão da lei de zoneamento de São Paulo. A apreciação do tema estava prevista, inicialmente, para 18 de junho -daqui a cerca de um mês.

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A antecipação causou perplexidade entre organizações e entidades interessadas na ação. Segundo eles, a alteração foi repentina e feita às pressas, sem que houvesse tempo suficiente para o preparo jurídico.

A ação pela suspensão da revisão foi ajuizada em 2019 e tem entre seus signatários o Instituto Pólis, o Instituto de Arquitetos do Brasil, a União dos Movimentos de Moradia da Grande São Paulo e Interior, o Movimento Defenda São Paulo e a Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo.

O grupo afirma que o processo de revisão conduzido pela gestão municipal não é transparente, tende a beneficiar demandas do mercado imobiliário e não inclui a sociedade civil na tomada de decisão.

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Na época em que a ação foi apresentada à Justiça, a Prefeitura de São Paulo afirmou que vinha discutindo o tema desde 2017 e que a população foi ouvida em audiências públicas regionalizadas.

As entidades que buscam a suspensão da revisão da lei de zoneamento de São Paulo pedem, justamente, que seja declarada a nulidade das quatro audiências públicas realizadas pelo município, afirmando que elas não foram suficientes para garantir a participação dos cidadãos.

Solicitam, ainda, que seja determinada à prefeitura a obrigatoriedade de observar os princípios de participação popular e transparência no processo de revisão.

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Sancionada em 2016, a lei do zoneamento define o que pode ser construído e que tipo de atividade pode existir em cada rua da cidade. Ela é considerada um dos principais instrumentos legais de planejamento e política urbana da capital paulista, regrando o parcelamento, uso e ocupação do solo na região.

Suas regras influenciam o planejamento de habitações, as condições de mobilidade, a instalação de áreas de lazer e a proteção ambiental, por exemplo.

A antecipação do julgamento sobre a lei de zoneamento ocorre cerca de uma semana depois de a Justiça paulista suspender o processo de revisão do Plano Diretor de São Paulo.

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A sentença se deu no âmbito de uma ação civil pública assinada pela Defensoria Pública de São Paulo, que pediu o direito de participação de pessoas com deficiência e de pessoas idosas na revisão da lei.

Agora, entidades ligadas à pauta temem que uma eventual retomada da revisão da lei de zoneamento seja usada para viabilizar pontos do Plano Diretor sem a participação popular.

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