Entre em nosso grupo
2
Continua depois da publicidade
A professora acusada atuava em duas creches da rede municipal de Paranapanema, no Interior | /DIVULGAÇÃO PMP
Em decisão liminar divulgada nesta terça-feira a Justiça determinou o afastamento de uma professora acusada de maltratar os alunos de uma creche municipal, em Paranapanema, interior de São Paulo. Entre as vítimas está uma criança autista. O afastamento foi pedido pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP), com base em investigação segundo a qual a ré vinha agredindo as crianças desde 2016. A defesa da professora Kelli Cristina Sene informou que vai entrar com recurso.
Continua depois da publicidade
De acordo com petição assinada pelo promotor Marlon Roberth de Sales, o pai de uma criança autista aluna de Kelli relatou que, em 2016, o filho "teve uma mudança repentina de comportamento, ficando sempre nervoso e às vezes chorando quando se aproximava o horário de ir para a escola". Segundo o relato, a criança voltou para casa duas vezes com arranhões em seu corpo. Questionado sobre o que tinha acontecido, o menino disse que "a tia Kelli tinha feito isso com ele".
Conforme o MPSP, ainda em 2016, professoras e monitoras relataram à coordenação da unidade terem presenciado agressões da professora contra duas crianças. Em um dos casos, a educadora puxou o colchonete onde estava uma criança, que bateu a cabeça. Em 2017, o Conselho Tutelar recebeu denúncias de mães relatando que seus filhos estavam sofrendo agressões físicas e psicológicas dentro da escola da Serrinha da Prata. "Segundo o apurado pelo Conselho Tutelar, a professora Kelli gritava muito com os alunos, não os deixava ir ao banheiro e teria dado tapa em um deles", diz a ação.
Este ano, o Conselho recebeu denúncias de agressões físicas e psicológicas cometidas pela professora contra crianças na creche Eni Franco Larini II. Outras funcionárias confirmaram que Kelli dava chacoalhões nos alunos e os forçava a dormir "pressionando-as com a força das pernas". A promotoria pediu também que a professora seja condenada pela lei de improbidade administrativa, que resulta em perda da função pública. (EC)
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade