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O ministro da Justiça, Sérgio Moro, disse nesta segunda-feira que as equipes da Polícia Federal que atuam na Lava Jato estão sendo reforçadas após um esvaziamento e enfraquecimento que sofreram no governo anterior, de Michel Temer. Ele atribui a situação aos problemas de orçamento do governo federal e disse que o ministério está recrutando agentes para trabalhar de maneira efetiva com essas operações por ser um "caso importante, que demanda respostas".
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"O que foi constatado foi um certo esvaziamento de algumas forças-tarefas no âmbito da Lava Jato. Existe um problema fiscal, vamos reconhecer, que afeta os recursos humanos. As forças-tarefas estavam um tanto quanto enfraquecidas e um dos objetivos primeiros do ministério foi um restabelecimento do efetivo dessas forças-tarefas."
O ex-juiz da Lava Jato falou ainda sobre a transferência, no novo governo, do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), do Ministério da Fazenda para a Justiça e disse que o órgão estava "um pouquinho negligenciado" anteriormente. Ele também voltou a defender a fixação de um mandato para o cargo de diretor-geral da PF, que hoje é nomeado pelo presidente da República por período indeterminado. "O papel do ministro é dar estrutura para que esses órgãos de investigação possam fazer o seu trabalho."
Ele participou nesta segunda de um debate promovido pelo "Estadão", em São Paulo, com o ministro do Supremo Luís Roberto Barroso e com o procurador Deltan Dallagnol, da Lava Jato no Paraná. Após o evento, a jornalistas, Moro falou que seu pacote anticrime vem tendo grande receptividade entre congressistas, mas não quis estimar uma data para a aprovação. Questionado sobre reportagem do jornal "Folha de S.Paulo" desta segunda, que mostrou que a elaboração do projeto durou 23 dias e se amparou sobretudo em apelo popular, ele disse considerar a avaliação equivocada e que especialistas participaram das discussões.
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"São questões tão óbvias e eficazes no enfrentamento da criminalidade que, enfim, não precisa ter, enfim, estudos específicos direcionados para aquela provisão em questão. São medidas que já foram testadas e universalmente reconhecidas." (FP)
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