Lula rara nunca vista antes choca cientistas ao aparecer pela 1ª vez; vídeo

Uma espécie de lula das profundezas foi registrada viva pela primeira vez por pesquisadores no Oceano Antártico.

O animal, identificado como “Gonatus antarcticus”, nunca havia sido visto em movimento. Até então, sua existência era conhecida somente por restos encontrados em redes de pesca ou no estômago de outros animais.

O registro ocorreu na noite de Natal de 2024, durante uma expedição no Mar de Weddell. A equipe utilizou um veículo subaquático operado remotamente para alcançar 2.152 metros de profundidade.

A missão fazia parte de um projeto do Schmidt Ocean Institute que explorava regiões do fundo do mar com profundidade de até quatro mil metros.

Segundo a National Geographic, é a primeira vez que um exemplar de Gonatus antarcticus é filmado vivo. A confirmação foi feita por Kat Bolstad, pesquisadora da Universidade de Tecnologia de Auckland, na Nova Zelândia, conforme informações do portal CNN.

Com cerca de 90 centímetros de comprimento, o animal foi observado em atividade. A equipe identificou marcas como cicatrizes e arranhões recentes na lula, mas não foi possível determinar seu sexo ou idade.

Um detalhe chamou a atenção: a lula possuía um gancho em cada uma das pontas dos dois tentáculos mais longos. De acordo com o pesquisador Alex Hayward, da Universidade de Exeter, os ganchos podem servir para segurar presas durante ataques.

Aparições raras

Em abril deste ano, uma lula-colossal foi filmada também pela primeira vez em seu habita natural, livre na natureza.

A filmagem ocorreu perto das Ilhas Sandwich do Sul, no Oceano Atlântico Sul, durante uma expedição do Schmidt Ocean Institute.

A lula juvenil, com cerca de 30 centímetros de comprimento, foi registrada a 600 metros de profundidade pelo veículo subaquático operado remotamente SuBastian.

Até então, lulas-colossais só haviam sido observadas mortas, encontradas em estômagos de baleias e aves marinhas ou capturadas em redes de pesca.