A+

A-

Alternar Contraste

Domingo, 10 Novembro 2024

Buscar no Site

x

Entre em nosso grupo

2

WhatsApp
Home Seta

Cotidiano

Lula vai a 47% e amplia chance de vencer no 1º turno, mostra Datafolha

Segundo o Datafolha, Lula ganha dois pontos e tem 47% dos votos totais; Bolsonaro se manteve em 33%

Bruno Hoffmann

22/09/2022 às 20:51  atualizado em 22/09/2022 às 20:55

Continua depois da publicidade

Compartilhe:

Facebook Twitter WhatsApp Telegram
Lula discursa em aula inaugural do semestre letivo na USP

Lula discursa em aula inaugural do semestre letivo na USP | Joe Silva/Gazeta de S. Paulo

Faltando dez dias para o primeiro turno das eleições presidenciais, Luiz Inácio Lula da Silva tem uma dianteira de 14 pontos sobre Jair Bolsonaro (PL), que busca permanecer no Palácio do Planalto. Cresceu assim a possibilidade de o petista vencer no primeiro turno.

Continua depois da publicidade

A estabilidade com oscilação positiva para o petista no cenários de uma semana para cá, aferida pela mais recente pesquisa do Datafolha, vai acirrar a queda de braço entre as duas campanhas líderes de uma corrida cuja decisão na primeira rodada pode ocorrer no olho mecânico.

Segundo o Datafolha, Lula tem 47% dos votos totais, oscilando positivamente dois pontos ante os 45% da semana passada. Bolsonaro se manteve em 33%, Ciro Gomes (PDT) oscilou de 8% para 7%, e Simone Tebet (MDB) segue com 5%, empatada com o pedetista. Soraya Thronicke (União Brasil) oscilou de 2% para 1%.

A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos neste levantamento, feito de terça (20) a esta quinta (22). O instituto ouviu 6.754 pessoas em 343 cidades, e a pesquisa encomendada pela Folha de S.Paulo e pela TV Globo está registrada sob o número BR-04180/2022 no Tribunal Superior Eleitoral. O índice de confiança é de 95%.

Continua depois da publicidade

A boa notícia para Lula é que, com a oscilação, ele voltou à casa dos 50% de votos válidos, limiar para uma vitória no primeiro turno. Esse critério, adotado pelo TSE para a contagem da eleição, exclui os brancos e nulos: quem tiver 50% mais um voto está eleito diretamente. Semana passada, estava em 48%.

O petista deverá dobrar esforços para evitar alta abstenção e buscar voto útil dos eleitores dos terceiros colocados, Ciro e Tebet, e Bolsonaro buscará tentar investir contra a imagem do ex-presidente para levar a disputa final para o dia 30 de outubro.

O último ciclo da campanha antes do primeiro turno terá como destaque os debates na TV no sábado (24), no SBT, e na quinta (29), na Globo. Com efeito, Lula já avisou que não irá ao primeiro, para reduzir a chance de acidentes.

Continua depois da publicidade

Mas o petista já esteve em posição mais confortável na contagem dos válidos com até 54% em maio. E a abstenção, fator central para definir o universo de votos válidos, não é aferível de antemão. Assim, Lula fez nesta semana acenos a idosos, grupo mais propenso a se abster pela não obrigatoriedade do voto acima dos 70 anos.

Não houve efeito imediato. No grupo de eleitores acima de 60 anos (20% da amostra), ele oscilou dois pontos para baixo, mantendo vantagem de 47% sobre 40% do presidente.

Lula apostou também numa simbólica fotografia em que reuniu oito ex-candidatos a presidente em seu apoio. Mas não houve uma movimentação significativa em estratos mais instruídos ou de maior renda, teoricamente mais expostos ao noticiário político da frente em seu favor.

Continua depois da publicidade

A força do petista segue residindo nos mais pobres. Entre aqueles que ganham até 2 salários mínimos, 51% dos ouvidos pelo Datafolha, ele foi de 52% para 57%, em comparação com na rodada anterior, apurada de 13 a 15 deste mês.

Já Bolsonaro oscilou de 27% para 24% no segmento, confirmando a pior notícia que sua campanha colheu, ao lado de sua alta taxa de rejeição.

O presidente usou um arsenal de medidas populistas na economia, que foram do mais amplo reajuste do Auxílio Brasil para os mais carentes a agrados pontuais a caminhoneiros e taxistas, passando pela sequência de redução nos preços administrados de combustíveis.

Continua depois da publicidade

Por outro lado, a fome e a inflação ainda alta dos alimentos têm impedido que a melhoria econômica seja percebida entre mais pobres.

O presidente melhorou seu desempenho, por outro lado, na faixa de 2 a 5 mínimos (34% da amostra), justamente a classe média baixa mais sensível à questão dos preços de gás e gasolina. Saiu de um empate numericamente inferior para Lula (39% a 40%) para uma vantagem de 43% a 36%.

Do ponto de vista de imagem, o foco agora deverá ser a tentativa de desgastar Lula, já que os artifícios bolsonaristas parecem ter chegado ao limite da utilidade devido à manutenção da rejeição alta. Sua demonstração no 7 de Setembro não resultou em ganho fixo, e a busca por uma melhoria de imagem nas viagens internacionais que fez fracassou, como o vexame passado na ida ao funeral de Elizabeth 2ª, por exemplo.

Continua depois da publicidade

No corte religioso, que viu na semana passada Lula recuperar-se entre os evangélicos, apesar da grande vantagem de Bolsonaro, a situação é de estabilidade. No grupo politicamente articulado, que soma 25% do eleitorado pesquisado, o presidente tem 50% e o petista, 32%.

Nos demais segmentos, a aferição do Datafolha traz um filme conhecido desta campanha até aqui. Lula teve seu maior crescimento da rodada anterior para esta entre os mais pobres, no Sul (14% do eleitorado) e entre os mais jovens (14% da amostra).

Mais importante, oscilou um ponto para baixo, mas segue líder na região mais populosa, o Sudeste (43% dos ouvidos), batendo Bolsonaro por estreitos 41% a 36%. O presidente, por sua vez, viu uma melhoria de dois pontos na região.

Continua depois da publicidade

Sua entrada no eleitorado feminino permanece com entrave vital à sua pretensão eleitoral, devido ao seu longo histórico de colocações machistas. Entre elas, que são 52% da amostra, preferem Lula 49%, enquanto 29% dizem votar no presidente.

Ciro e Tebet seguem amargando a terceira colocação mais distante. O pedetista, em particular, tem se revoltado publicamente contra a ofensiva petista para lhe tirar apoio. Ele não chegou a desidratar decisivamente, mas oscilou um ponto para baixo. O voto na dupla por ora é um dos principais fatores para a eventual necessidade de um segundo turno.

Não chegaram aos 1% na pesquisa Felipe D'Ávila (Novo), Vera (PSTU), Sofia Manzano (PCB), Leo Péricles (UP), Constituinte Eymael (PDC) e Padre Kelmon (PTB).

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Conteúdos Recomendados