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Cotidiano
União Europeia. O conselho reúne presidentes e premiês do bloco, que se encontrarão na quarta (10)
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A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, fez pedido na sexta-feira ao Conselho Europeu | /MATT DUNHAM/ASSOCIATED PRESS
A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, pediu na sexta-feira ao Conselho Europeu o adiamento do Dia D do brexit, a saída britânica da União Europeia (UE), para 30 de junho. Pelos termos atuais, o desligamento deveria acontecer já na sexta que vem (12).
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O conselho reúne presidentes e premiês do bloco, que se encontrarão na quarta (10) para uma cúpula de emergência convocada pelo chefe do colegiado,
Donald Tusk. Segundo o jornal inglês "The Guardian," Tusk deve apresentar aos membros do grupo uma proposta de "adiamento flexível", que daria a Londres até um ano (ou seja, até 10 de abril de 2020) para resolver o impasse atual em torno da aprovação do acordo de
separação.
Por esse plano, a extensão deixaria de valer assim que o Parlamento britânico ratificasse o pacto.
O desenho feito por Tusk traz, porém, um componente que deve contrariar May: a obrigatoriedade de que o Reino Unido participe das eleições para o Parlamento Europeu a serem realizadas no fim de maio e de que envie representantes para a nova legislatura, que começa em julho.
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Os deputados europeus britânicos perderiam seus mandatos assim que seu país deixasse a UE.
A ideia de May é justamente evitar esse desgaste. Ela afirma que o Reino Unido se prepara para participar da eleição europeia, mas sublinha que o seu intento é consolidar o processo de desligamento do bloco antes do fim de maio, para não ter de realizar o pleito de fato.
Ocorre que Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia (braço executivo da UE), disse nesta semana que o bloco não aceitaria outro adiamento curto do prazo-limite para o brexit.
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Originalmente, os britânicos deveriam ter se retirado da UE em 29 de março. Como o Parlamento em Londres vinha rejeitando o acordo de saída repetidamente (foram três "nãos" até agora), May pediu em março uma primeira
prorrogação. Tusk e o Conselho Europeu então deram ao governo até 29 de março passado para resolver a situação e obter um sinal verde dos deputados; se essa data fosse respeitada, o Reino Unido poderia permanecer no consórcio até 22 de maio, véspera do começo das eleições europeias (que duram vários dias).
Não foi o que aconteceu. Assim, 12 de abril passou a ser o novo Dia D. May precisaria indicar aos europeus um novo plano de ação. Se ele fosse rejeitado, Londres daria adeus à Europa de forma litigiosa, sem acordo e sem período de transição para as duas partes se adaptarem ao novo status. A carta enviada nesta sexta a Tusk busca evitar esse abismo.
Enquanto isso, a primeira- ministra conduz uma rodada de conversas com o líder da oposição, Jeremy Corbyn (Partido Trabalhista), para tentar chegar a um meio-termo que facilite a aprovação do acordo de separação pelo Legislativo.
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De acordo com o "Guardian", ela estaria disposta até a ceder a uma reivindicação de uma ala da oposição, que deseja submeter a uma nova consulta popular todo e qualquer endosso do Parlamento ao pacto de saída da UE. Tal cenário era até aqui anátema para May. (FP)
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