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Procedimento foi feito por meio de nebulização, método que libera produtos químicos em forma de névoa para combater insetos | Reprodução
Pelo menos 33 estudantes da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Professor João Euclydes Pereira, na Vila Serventina, em Osasco, na Grande São Paulo, apresentaram mal-estar após uma dedetização realizada no prédio na última terça-feira (26/8).
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Segundo a Prefeitura de Osasco, o procedimento foi feito por meio de nebulização, método que libera produtos químicos em forma de névoa para combater insetos.
Logo após as aulas, alunos relataram ardência nos olhos, garganta e nariz. Duas equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram acionadas para prestar atendimento ainda na unidade.
O caso mais grave foi o de um menino de oito anos, estudante do 3º ano do ensino fundamental, que precisou ser internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital São Luiz por três dias.
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Ele recebeu alta no sábado (30/8). Conforme o boletim médico, o aluno apresentou infecção intestinal, mas os médicos não conseguiram determinar a causa exata.
Antes da dedetização, os alunos já haviam relatado que a água da escola estava com sabor alterado. Segundo familiares, na segunda-feira (25/8), os estudantes disseram que a água estava com gosto adocicado e, após consumi-la, alguns passaram mal.
A mãe do menino internado, Larissa Rodrigues, contou ao portal g1 que a situação se agravou no dia seguinte.
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“Na terça-feira, as crianças chegaram à escola e narraram que tinha muito pó branco nas carteiras e um cheiro ruim de veneno nas salas. A professora limpou com álcool, com ajuda dos alunos. Minutos depois, eles começaram a reclamar de ardência nos olhos e dores de estômago”, relatou.
Ela afirmou ainda que, diante do mal-estar, os estudantes foram orientados a lavar o rosto com a mesma água que já apresentava gosto estranho no dia anterior. “Começou uma choradeira até que o SAMU foi chamado para socorrer”, disse.
Para Larissa, a escola falhou ao não suspender as aulas: “Se havia suspeita de contaminação na água, era preciso interromper as atividades. As crianças foram colocadas sob risco desnecessário”.
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Na quarta-feira (3/9), a mãe registrou boletim de ocorrência no 10º Distrito Policial de Osasco contra a direção da escola, alegando negligência e lesão corporal. Outras duas mães também formalizaram denúncias.
Larissa disse que recebeu, no hospital, a visita do secretário de Educação do município, José Toste Borges, que buscava informações sobre o ocorrido.
Em nota, a administração municipal confirmou que 33 alunos apresentaram sintomas após a nebulização, mas ressaltou que o produto utilizado é à base de água e que, conforme protocolos do Ministério da Saúde, os ambientes estão liberados para uso 20 minutos após a aplicação.
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Sobre o caso do menino internado, a Prefeitura informou que ele passou mal na segunda-feira (25/8), antes da dedetização, e que foi levado ao hospital pela família. O laudo médico indicou infecção intestinal, sem ligação direta com a nebulização.
Em relação à qualidade da água, a Vigilância Sanitária realizou análise preliminar e constatou estar límpida e inodora. Amostras foram enviadas ao Instituto Adolfo Lutz, e o resultado deve sair em até 20 dias.
A Prefeitura afirmou ainda que mantém “acompanhamento contínuo da situação e total transparência com a comunidade escolar”.
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Casos semelhantes também preocupam autoridades em cidades vizinhas. Um forte odor químico fez crianças da Escola Municipal Enéias e do Maternal Evelyn serem socorridas por ambulâncias após apresentarem reações alérgicas e dificuldades respiratórias em Barueri, na Grande São Paulo, na sexta-feira (29/8).
O odor pertencia à empresa Brancotex. O cheiro intenso é semelhante ao de tinta, se espalhou pela região e atingiu alunos e moradores.
*Contém informações do portal g1
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