Microexplosão atmosférica pode ter atingido SP durante temporal

A cidade de São Paulo foi atingida, na tarde desta quarta-feira (12/3), por uma forte tempestade de chuva e ventos, derrubando mais de 340 árvores e acabando com a energia em mais de 170 mil imóveis.

Apesar de as estações meteorológicas terem registrado ventos entre 40 e 60 km/h, a MetSul Meteorologia e a Defesa Civil suspeitam que a velocidade tenha ultrapassado 100 km/h, o que pode caracterizar uma microexplosão atmosférica.

Por volta das 16h30, a Defesa Civil emitiu um alerta severo de chuva forte para os moradores das zonas oeste, norte e central da capital paulista.

A chuva intensa causou vários danos à cidade de São Paulo: derrubou mais de 340 árvores, incluindo a terceira mais velha da capital paulista.

O temporal ainda deixou mais de 170 mil imóveis sem energia, sendo que 64 mil permaneceram sem luz até esta manhã de quinta-feira (13/3), segundo a Enel, e registrou uma morte no bairro da Sé, no centro de São Paulo.

Microexplosão atmosférica

A tempestade desta quarta-feira causou mais danos à região central de São Paulo, onde uma célula de tempestade se formou por convecção moderada, resultado do forte calor seguido de temporais.

Durante a manhã, a cidade registrou altas temperaturas, fazendo com que o ar quente e úmido suba para a atmosfera por convecção e, após entrar em contato com camadas mais frias, retorne ao solo em forma de chuva. 

Devido à intensidade dos danos, a MetSul Meteorologia não descarta que o centro de São Paulo tenha sido atingido por uma microexplosão atmosférica, fenômeno também chamado de downburst.

O fenômeno é caracterizado por intensas rajadas de vento descendentes, que podem atingir 100 km/h e causar estragos semelhantes aos de um tornado, como os observados nesta quarta.