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Cotidiano
MANIFESTAÇÕES. Nesta quarta ocorreu o 1º protesto nacional durante o governo Bolsonaro, em cidades como SP, Rio e Brasília
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Manifestantes na avenida Paulista, em São Paulo, mostram faixas contra governo Bolsonaro | /RICARDO BASTOS/FOTOARENA/FOLHAPRESS
Milhares de manifestantes realizam protestos contra cortes na educação básica e no ensino superior pelo País nesta quarta-feira. Os atos ocorreram em Brasília, São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e outras capitais e cidades do interior. Parte das escolas e universidades das redes pública e privada também aderiu às manifestações e cancelaram o dia letivo. É o primeiro protesto nacional durante o governo de Jair Bolsonaro (PSL).
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A professora Janaina Nunes, 32, juntou colegas de docência e combinou de encontrá-los na estação Trianon-Masp do metrô, em São Paulo. O local também reunia colegas de uma escola estadual na zona leste de São Paulo.
Apesar das muitas bandeiras e bolas gigantes com logos de partidos e movimentos sociais de esquerda, a maior parte do público que lotou a avenida Paulista não se identificava com nenhum deles, e afirmava ter ido protestar de forma espontânea em defesa da educação.
"Temos que sair das redes sociais e fazer alguma coisa", diz a professora Janaina.
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Na parte de trás do Masp, ônibus fretados transportaram adolescentes com os rostos pintados vindos de municípios no entorno da capital paulista.
Em Belo Horizonte, pelo menos 15 mil pessoas participaram do ato, que começou na Praça da Estação e passou pela Praça Sete.
Ao longo do trajeto, gritos contra o governo do presidente Jair Bolsonaro. O preferido era "doutor, eu não me engano, o Bolsonaro é miliciano". Na chegada à Praça Raul Soares, dois caminhões se alternavam com pronunciamentos de sindicalistas e estudantes.
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Em Salvador, organização estima que cerca de 50 mil pessoas participaram do protesto. Os manifestantes gritavam palavras de ordem, como "É ou não é piada de salão? Tem dinheiro pra Queiroz, mas não tem pra
educação" .
Os manifestantes do Rio de Janeiro se concentraram em frente à Igreja da Candelária. O público entoava cânticos como "ô, Bolsonaro, vou te falar: a juventude também quer se aposentar".
A Brigada Militar chegou a utilizar bombas de gás lacrimogênio para dispersar manifestantes no campus central da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre. A polícia resolveu intervir após estudantes bloquearem uma rua.
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Já em Brasília, milhares de manifestantes caminharam pela Esplanada dos
Ministérios.
Ao passar em frente ao Ministério da Educação, estudantes e professores, simbolicamente, levantaram livros e apontaram em direção ao Ministério da Cultura. Havia também mensagens contrárias à reforma da Previdência. (EC/FP/GSP)
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