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Cotidiano

Militar é nomeado para posto de secretário-executivo do MEC

30/03/2019 às 01:00

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O tenente brigadeiro Ricardo Machado Vieira, foi nomeado para o cargo no Ministério da Educação na sexta-feira

O tenente brigadeiro Ricardo Machado Vieira, foi nomeado para o cargo no Ministério da Educação na sexta-feira | /Reprodução Youtube

Com o enfraquecimento de Ricardo Vélez Rodríguez, o núcleo militar do governo Jair Bolsonaro avalia que a queda do ministro da Educação é questão de tempo e passou a defender que o tenente brigadeiro Ricardo Machado Vieira assuma o comando da pasta.

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O ex-assessor especial do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) foi nomeado para o posto de secretário-executivo do MEC na sexta-feira e, na avaliação da cúpula militar, a iniciativa serviu para dar um ultimato a Vélez: se ele não mudar de postura, Bolsonaro tem um nome para substituí-lo.

O militar foi escalado, segundo assessores presidenciais, para reorganizar o ministério, que tem sido criticado por fazer demissões polêmicas, desarticular iniciativas e interromper programas. E também em uma tentativa de enfraquecer o núcleo ideológico próximo ao escritor Olavo de Carvalho.

Na manhã de sexta-feira, Bolsonaro e Vélez se reuniram para discutir alterações na pasta. O encontro ocorreu um dia depois de o presidente ter afirmado que Vélez é "novo no assunto" e "não tem tato político". Na saída de jantar na quinta-feira (29), Bolsonaro não quis responder se o ministro ficará no posto.

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Em conversas reservadas, o presidente tem afirmado que só efetuará uma alteração no comando da pasta após seu retorno de viagem a Israel. Ele embarca no sábado (30) e a expectativa é de que só retorne ao Brasil na noite de quarta-feira (3).

A pretensão do núcleo militar, no entanto, tem esbarrado na pressão da bancada evangélica, que, antes mesmo do presidente assumir o mandato, conseguiu barrar a indicação para a vaga do educador Mozart Ramos, do Instituto Ayrton Senna.

Agora, o bloco cristão trabalha pela nomeação do senador Izalci Lucas (PSDB-DF), que esteve na quinta-feira (28) no Palácio do Planalto. O núcleo militar não tem resistência à nomeação do tucano, mas pondera que, assim como Vélez, ele corre o risco de virar refém do campo ideológico.

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Vélez foi indicado ao cargo por Olavo, com apoio de dois dos filhos presidente: Eduardo e Carlos Bolsonaro. A interlocução do ministro com o Palácio do Planalto é feita por meio do assessor Filipe Martins, assessor para assuntos internacionais. (FP)

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