Entre em nosso grupo
2
Cotidiano
Marcelo Queiroga foi convocado por cinco comissões, inclusive a da Seguridade Social e Família, da qual a deputada Jandira Feghali faz parte
Continua depois da publicidade
Ministro Marcelo Queiroga | Walterson Rosa/MS
Em audiência da Câmara nesta terça-feira (5), o ministro da Saúde Marcelo Queiroga pediu desculpas à deputada Jandira Feghali (PCdoB) após tê-la ofendido em encontro fechado em maio.
Continua depois da publicidade
O ministro foi convocado por cinco comissões, inclusive a da Seguridade Social e Família, da qual Feghali faz parte.
Na reunião em maio, Queiroga site Metrópoles, é possível ouvir o ministro criticando professores da Fiocruz citados pela parlamentar.
"Saco cheio, pô! Podem ser professores do inferno!", afirmou Queiroga.
Continua depois da publicidade
Nessa audiência desta terça-feira, Jandira Feghali começou seu discurso denunciando o comportamento de Queiroga, que havia sido convocado para "prestar esclarecimentos sobre o fim da emergência sanitária provocada pela Covid-19", segundo nota oficial da Câmara.
"Ministro, não se preocupe, a gente, quando é anfitrião, a gente trata as pessoas com respeito, então não vou devolver a forma como fui tratada no ministério, vou lhe tratar com respeito, diferentemente do que Vossa Excelência fez comigo na sua sala no Ministério da Saúde", disse Feghali.
A deputada disse que faria seus questionamentos com respeito por Queiroga e destacou sua longa trajetória dentro dessa comissão da Câmara.
Continua depois da publicidade
"Tenho primado na minha forma de fazer política tratar as pessoas com alto nível e com respeito. Não vou lhe devolver com o desrespeito com o qual Vossa Excelência me tratou no ministério, mesmo entendendo que lá não é sua casa, porque aquilo é pago com o dinheiro do povo, e aqui, o parlamento brasileiro, é a casa do povo e, nesta Comissão de Seguridade, estou há 28 anos", afirmou.
Logo após, assim que foi sua vez de falar, o ministro da Saúde pediu desculpas por ter sido "descortês" com Jandira Feghali. Além disso, incentivou um diálogo democrático sobre a saúde pública.
"Em primeiro lugar, deputada Jandira, eu conheço a trajetória da senhora como parlamentar, como figura pública, nós temos respeito por sua trajetória. Em nenhum momento tive a intenção de ser descortês com a senhora e, se fui, peço desculpas a senhora e acho que temos que construir sim um diálogo democrático em favor da saúde pública e do povo brasileiro".
Continua depois da publicidade
Durante a audiência, a causa de Feghali teve solidariedade de sua colega, a deputada Vivi Reis (PSOL), que relembrou como outras parlamentares já haviam denunciado esse comportamento de Queiroga.
"Primeiro presto solidariedade à deputada Jandira Feghali pela forma que foi tratada na reunião com o ministério, o que não foi afirmado somente por ela, mas, algumas deputadas até da base do governo afirmaram a postura deselegante e desrespeitosa com a qual foi tratada", defendeu Reis.
AUDIÊNCIA JUNTOU DIVERSOS CONVITES DE QUEIROGA
Continua depois da publicidade
De acordo com o site da Câmara, as comissões de Defesa dos Direitos da Mulher, de Defesa dos Direitos do Consumidor, de Fiscalização Financeira e Controle, de Seguridade Social e Família, e de Trabalho, Administração e Serviço Público estiveram presentes na audiência.
O ministro deveria explicar as atualizações da Caderneta da Gestante e a nova Rede de Atenção Materna e Infantil (Rami), para a comissão da Mulher. A da Fiscalização Financeira, por sua vez, convidou-o para esclarecer a situação das santas casas e hospitais filantrópicos.
A da Seguridade pediu para que Queiroga explique o fim da emergência sanitária da Covid-19. Enquanto isso, a da Defesa do Consumidor solicitou presença do ministro para falar sobre reajuste de planos de saúde, solicitação de exames laboratoriais por nutricionistas, falta de medicamentos básicos no SUS.
Continua depois da publicidade
A Comissão do Trabalho, Administração e Serviço Pública da Câmara dos Deputados pediu para Queiroga prestar explicações sobre qual seria o papel do filho Antônio Cristóvão Neto na liberação de verbas da pasta e do Fundo Nacional da Saúde.
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade