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Cotidiano

Mortes por dengue crescem 163% em um ano no País

Bruno Hoffmann

27/06/2019 às 01:00

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O número de mortes causadas por dengue mais do que dobrou em um ano no País: saltou de 139 no primeiro semestre de 2018 para 366 no mesmo período deste ano, um aumento de 163%.

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Os dados constam no boletim mais recente do Ministério da Saúde sobre doenças transmitidas pelo Aedes aegypti , que inclui casos registrados até 8 de junho.

É o maior número de mortes desde 2015, quando a dengue matou 752 pessoas.

O estado de São Paulo lidera o ranking de óbitos, com 145 registros. É seguido por Minas Gerais, Goiás e Distrito Federal, com 79, 29 e 24 casos,
respectivamente.

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A quantidade de casos prováveis de dengue (que inclui também os suspeitos) aumentou ainda mais no período: saltou de 170.628 para 1.127.244, um aumento de 561%. Os estados com maior incidência da doença por 100 mil habitantes foram Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul, com 1.804, 1.230 e 1.164 casos. O pico deste ano foi em abril.

A circulação de um sorotipo diferente do vírus da dengue, mudanças climáticas e a urbanização sem planejamento ajudam a explicar o crescimento, segundo infectologistas consultados pela "Folha". Neste ano, predomina o sorotipo 2 da dengue no País, segundo o Ministério da Saúde. É mais agressivo do que o sorotipo 1 e o 4, que circulavam com mais intensidade - o vírus tem ainda um quarto
subtipo, o 3.

Frequente em análises no final dos anos 1990 e início dos anos 2000, o tipo 2 circulou com maior força pela última vez em 2008 no País.

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Como muitas pessoas não foram infectadas pelo sorotipo 2 e, por isso, não foram imunizadas, ficam mais suscetíveis à contaminação, explica Marcelo Burattini, professor do departamento de Infectologia da Unifesp.

O infectologista acredita que, por causa dessa mudança no sorotipo, o cenário no ano que vem pode ser pior, já que haverá mais mosquitos portando o tipo 2.

A dinâmica dos sorotipos faz a dengue ser uma doença cíclica, com alternância de epidemias, como mostram dados de anos anteriores. As temperaturas elevadas e o alto volume de chuvas registrados neste ano também podem ter contribuído para o crescimento nos números. (FP)

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