Entre em nosso grupo
2
Continua depois da publicidade
Ator Marcello Santanna diz que foi agredido por motorista de ônibus e denuncia homofobia na zona leste | /REPRODUÇÃO FACEBOOK
Na tarde de ontem, o motorista suspeito de ter agredido o ator Marcello Santanna, de 23 anos, dentro de um ônibus no sábado (7), se apresentou espontaneamente na delegacia. Paulo Roberto de Morais Junior, de 31 anos, negou à polícia qualquer viés homofóbico. O ator, que teve o nariz quebrado, disse que foi vítima de agressão e
Continua depois da publicidade
homofobia.
De acordo com o depoimento, ele afirmou "que a vítima, o amigo e a prima entraram no ônibus fazendo bagunça, que estavam aparentemente embriagados e começaram a incomodar os outros passageiros". Ainda segundo Júnior, "alguns chegaram a descer do ônibus."
Ele ainda afirmou que pediu que o grupo parasse e, neste momento, a vítima teria baixado as calças e sentado no colo do amigo. O motorista disse que, depois disso, mandou os três descerem do ônibus. A vítima teria xingado ele e dado tapas na lataria do ônibus e que isso o teria irritado. Ele afirma ter dado apenas um soco na vítima e negou que a agressão tenha viés homofóbico.
Continua depois da publicidade
O ator disse ao "G1" que foi vítima de homofobia e que foi agredido pelo motorista na Cidade Líder. Segundo o Marcello Santanna, o motorista parou o ônibus e falou para ele descer depois que viu o ator dando "selinhos" em outro rapaz. O ator saiu do veículo, que faz a linha 3736-10 - Jardim Nossa Senhora do Carmo-Metrô Artur Alvim (os veículos desta linha são micro-ônibus sem cobrador). Em seguida, o motorista desceu e deu um soco no seu rosto. A agressão aconteceu na avenida Maria Luiza
Americano.
O que diz a SPTrans.
Continua depois da publicidade
A SPTrans repudia a violência relatada pelo passageiro e informa que vai colaborar com as investigações policiais. Como gestora do sistema de transporte público, a SPTrans realiza junto às empresas operadoras o programa Viagem Segura, com treinamentos que incluem itens como condução segura, respeito aos passageiros, idosos e pessoas com mobilidade reduzida além de conduta durante casos de abuso. Em 2018, o programa treinou 62.739 trabalhadores entre motoristas, cobradores e
fiscais.
A Secretaria da Segurança Pública informou que o caso foi registrado no 53.º Distrito Policial (Parque do Carmo), onde a vítima prestou depoimento. "Inicialmente, foi instaurado inquérito de lesão corporal e a autoridade apura se a motivação do crime foi homofobia, o que levará a um novo indiciamento do autor. Equipes realizam diligências para localizar o agressor."
Continua depois da publicidade
(EC)
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade