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Cotidiano

Greve dos caminhoneiros: paralisação de quinta enfrenta racha entre lideranças

Convocada por União dos Caminhoneiros, protesto recebe críticas de politização de outras entidades

Thacio Mello

03/12/2025 às 13:00

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Lideranças criticam convocação, alegam falta de legitimidade e alertam para uso político do movimento

Lideranças criticam convocação, alegam falta de legitimidade e alertam para uso político do movimento | Valetr Campanto/Agência Brasil

A União Brasileira dos Caminhoneiros convocou para esta quinta-feira (4/12) uma paralisação total da categoria pelo País. A expectativa é que o protesto consiga a restruturação do Marco Regulatório do Transporte de Cargas, entre outras pautas. Entidades importantes do setor, porém, negam participação e acusam movimento de politização.

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Francisco Dalmora Bugardt, conhecido como Chicão Caminhoneiro, representante da União Brasileira dos Caminhoneiros, e o desembargador Sebastião Coelho protocolaram uma ação para legalizar a greve planejada para quinta-feira (4/12).

Em publicação nas redes sociais, Chicão afirma que a paralisação não tem teor político e, que a ação foi elaborada para que os caminhoneiros buscassem melhorias para a classe. Entre os pleitos estão a estabilidade contratual do caminhoneiro e a garantia do cumprimento de leis.

Além disso, o movimento busca reestruturação do Marco Regulatório do Transporte de Cargas e a possibilidade de liberação da aposentadoria especial de 25 anos de trabalho comprovada com recolhimento ou documento fiscal emitido.

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Falta de apoio

Mesmo com a alegação da busca por melhorias para a categoria, lideranças se posicionaram contra o movimento e informam que não houve convocação oficial para o ato.

Em São Paulo, a Federação dos Caminhoneiros Autônomos de Cargas em Geral do Estado de São Paulo (Fetrabens) publicou nota nesta terça-feira (2/12) dizendo que não irá aderir ao movimento. A entidade alega que a paralisação é de cunho político e foi convocada para manifestar insatisfação relacionada à situação judicial do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A federação diz ter conhecimento de manifestações individuais, mas reforça que não irá aderir ao ato.

No litoral paulista, o Sindicato dos Caminhoneiros de Santos (Sindicam Santos) reitera que não houve convocação oficial para o ato e informa que não irá corroborar com a paralisação.

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O Sindicam Santos afirma que respeita o direito à manifestação por melhorias na categoria, porém entende que o ato marcado para esta quinta tem teor político.

A Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), que reúne nove federações e 104 sindicatos, afirmou ao portal Transporte Moderno que não tem conhecimento sobre a paralisação.

A confederação é considerada uma das principais vozes na representação da categoria e, assim como as demais citadas, informa que não houve convocação oficial para a mobilização.

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Wallace Landim, o Chorão, liderança que ganhou projeção nacional na greve de 2018, também nega apoio à paralisação. Ele criticou a tentativa de instrumentalização política do setor.

Chorão diz, em publicação nas redes sociais, que foi acionado pelos organizadores da mobilização e participou de reuniões sobre a causa, mas considera que o ato está sendo impulsionado por agendas que extrapolam as demandas do transporte.

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