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O Ministério Público do Estado do Ceará (MP-CE) pediu à Justiça na noite de quarta-feira (17) a prisão preventiva do médico ginecologista José Hilson de Paiva, prefeito afastado de Uruburetama, investigado por abusar de pacientes. Imagens divulgadas pela "TV Globo" indicam a prática dos crimes.
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O órgão ressaltou, em nota, que mesmo fora das funções de prefeito e médico, era influente e "capaz de, diretamente ou por interpostas pessoas, coagir, constranger, ameaçar, corromper, enfim, praticar atos tendentes a comprometer a investigação".
A reportagem da "Globo" mostrou vídeos de dezenas de mulheres sendo abusadas e filmadas pelo próprio médico. Uma mulher afirmou ter sido vítima de Paiva pela primeira vez aos 14 anos e que só voltou ao consultório porque ele era o único ginecologista da cidade.
Outra mulher disse que o médico usava a boca para examinar os seios. As gravações mostram ainda que Paiva posicionava as pacientes de costas para realizar exames, alegando que "era o procedimento". Em todos os vídeos, o médico chamava suas pacientes de "bebê".
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O MP-CE informou que depois da divulgação dos primeiros vídeos, em março de 2018, a Promotoria de Justiça de Uruburetama instaurou uma notícia de fato após ouvir quatro mulheres. "O MP-CE solicitou informações à Polícia Civil, que logo depois resolveu abrir o inquérito policial. O inquérito foi concluído em dezembro de 2018, e a polícia sugeriu o arquivamento", informou. "O MPCE requisitou novas diligências à polícia. Na área cível, a Promotoria ajuizou uma ação civil pública (ACP) por improbidade administrativa em desfavor do então prefeito, no final de 2018". (EC)
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