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Vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em Lidiane Brandão, de 45 anos, agride um funcionário e um dos clientes; mulher vai responder em liberdade
23/11/2020 às 09:52
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A Polícia Civil investiga o caso | /Reprodução/Redes Sociais
Na última sexta-feira (20), uma mulher foi presa em flagrante por injúria racial, lesão corporal e homofobia contra funcionários e clientes de uma padaria na zona oeste da Capital. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o momento em Lidiane Brandão, de 45 anos, agride um funcionário e um dos clientes. A agressora foi liberada horas depois pela Justiça para cumprir prisão domiciliar.
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“Ela já agrediu, ela já desmoralizou. Ela já foi racista, já foi transfóbica, já foi homofóbica, e ela ainda consegue entrar dentro do estabelecimento”, diz um rapaz no vídeo.
Nas imagens, Lidiane diz para uma funcionária que ela “ainda trabalha na Dona Deôla. Você não é a rainha da Inglaterra”.
“Então aqui é uma padaria gay?. Eu não tô falando p***** nenhuma. Seu f**** da p****”, rebate Lidiane. Em seguida, a mulher agride o rapaz. Assista:
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"Eu sou advogada internacional. Cala sua boca, sua bicha do caralho"
Os ataques homofóbicos de uma advogada em uma padaria tradicional na zona oeste de SP. (1/4) pic.twitter.com/TmHasIkMOb
— Kaique Dalapola (@KaiqueDalapola) November 22, 2020
Advogada joga objetos e agride artista em ataque homofóbico em padaria. (4/4) pic.twitter.com/kPLQ0WMAvE
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Após duas vítimas registrarem boletim de ocorrência contra Lidiane no 91º Distrito Policial, a Polícia Civil começou a investigar o caso.
A padaria Dona Deôla lamentou o ocorrido em uma de suas unidades. "Lamentavelmente, na noite de ontem [sexta-feira, 20 de novembro], funcionários e clientes da nossa padaria na Pompeia foram alvo de ofensas racistas, homofóbicas e transfóbicas, que podem inclusive configurar crime. Por isso, seguindo a orientação que lhes foi dada, a nossa equipe acionou a polícia para que as providências fossem tomadas. A Dona Deôla se solidariza com as vítimas desse ato repugnante e se coloca à disposição para prestar toda a assistência necessária. Reiteramos o nosso repúdio a qualquer tipo de discriminação e o nosso compromisso com a proteção e o bem estar de nossos funcionários e clientes", dizia a nota.
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Boletim de ocorrência
De acordo com informações obtidas pelo “G1”, os jovens disseram no boletim de ocorrência que foram jantar na padaria. O vídeo começou a ser gravado por eles após a agressora começar a ofender uma garçonete e um funcionário "em razão de um problema com a comida".
As vítimas dizem que chamaram a atenção de Lidiane e disseram que ela "não tinha o direito de ofender" os funcionários. Em seguida, relatam, ela passou a ofendê-los, dizendo que os "gays seriam o mal do mundo e que seriam todos aidéticos e que só serviam para passar doenças".
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A Polícia ouviu dois funcionários da padaria, que confirmaram que "presenciaram as ofensas raciais e homofóbicas, o discurso discriminatório em razão da sexualidade das vítimas e as agressões praticadas" por Lidiane contra um dos clientes.
Transtorno
Procurada pela reportagem do "G1", Lidiane disse que tem depressão. “Esse problema de depressão é genético, é grave, não é uma depressãozinha, entendeu? É uma depressão para o resto da vida, é bipolaridade. É uma coisa complicada, é complexo”, disse.
Por decisão da Justiça, Lidiane vai responder pelos crimes em liberdade.
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