A+

A-

Alternar Contraste

Quinta, 19 Setembro 2024

Buscar no Site

x

Entre em nosso grupo

2

WhatsApp
Home Seta

Cotidiano

Mulher vítima de violência poderá ter auxílio-aluguel em Taboão

PROTEÇÃO. Ação pioneira na região e no Estado oferecerá por até dois anos um auxílio mensal de R$ 600 mensal para a vítima

18/07/2019 às 01:00

Continua depois da publicidade

Compartilhe:

Facebook Twitter WhatsApp Telegram
Prefeito de Taboão da Serra Fernando Fernandes (centro) sancionou o projeto na manhã de ontem

Prefeito de Taboão da Serra Fernando Fernandes (centro) sancionou o projeto na manhã de ontem | Thiago Neme/Gazeta de S.Paulo

As mulheres que sofrem violência doméstica e querem deixar suas residências, agora poderão contar com um auxílio-aluguel em Taboão da Serra. A medida pioneira em todo o Estado tem como principal objetivo prevenir casos de feminicídio. Na manhã de ontem, o prefeito da cidade, Fernando Fernandes (PSDB), sancionou um decreto que oferecerá por até dois anos o benefício mensal de

Continua depois da publicidade

R$ 600 à vítima.

De acordo com o decreto, para receber o auxílio a vítima terá que atender uma série de requisitos, como, por exemplo, não ter uma renda que ultrapasse a dois salários mínimos, ter residência no município, além de passar por um atendimento feito pela Coordenadoria dos Direitos da Mulher. A coordenadoria será a responsável por filtrar os casos e automaticamente autorizar o

benefício.

Continua depois da publicidade

Após a autorização do auxílio, a vítima receberá o valor mensal por até 12 meses. Após esse período, um grupo de trabalho da prefeitura de Taboão da Serra avaliará o caso, e, se necessário, o benefício poderá ser prorrogado por mais 12 meses.

"A ação mais importante em qualquer situação é a prevenção. Esse nosso decreto é uma prevenção contra a crimes praticados contra a mulher em nossa cidade. Se a mulher é colocada em outro lugar, as chances de um feminicídio é menor. O projeto foi aprovado por unanimidade na Câmara. Estamos dando um exemplo, não por vaidade, mas por uma causa maior. Precisamos mudar essa cultura machista do nosso País", disse o chefe do executivo, Fernando

Fernandes.

Continua depois da publicidade

Ainda de acordo com o decreto, "se no decorrer da concessão do benefício, a vítima voltar a viver com o agressor, ou for constatada a desnecessidade de sua manutenção, bem como o descumprimento de qualquer das condições estabelecidas, o auxílio será cessado".

"Atualmente, muitas vítimas de violência doméstica permanecem nos lugares onde sofrem maus tratos porque não têm outra opção de moradia. Todos os especialistas no assunto alertam que a dependência econômica do agressor é o principal obstáculo para que a mulher rompa uma relação violenta. Fico muito feliz pela aprovação da lei. Deixo aqui o meu agradecimento ao prefeito", disse o vereador Dr. Ronaldo Onishi, autor do projeto.

Segundo a coordenadora dos Direitos das Mulheres, Sueli Amoedo, ainda não é possível ter uma estimativa de quantas mulheres serão atendidas com o auxílio. "Só neste ano tivemos cerca de 300 casos, porém nem todos se enquadram no perfil do projeto que oferecerá o benefício. Ao todo, temos sete ou oito casos anuais de mulheres que querem deixar suas casas, muitas não querem se separar", disse Sueli.

Continua depois da publicidade

(Matheus Herbert)

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Conteúdos Recomendados