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Cotidiano

Nem todo palco é circo

02/10/2019 às 01:00

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Nilton Tatto
COLABORADOR

Nilton Tatto COLABORADOR | Divulgação

A pós discurso de Jair Bolsonaro na Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque, o mundo passou a conhecer melhor o presidente brasileiro, que usou o palco mais importante do planeta para afagar seus apoiadores, comprovando que o Brasil está à deriva. O evento da ONU é o espaço mais relevante nas relações internacionais para debater questões políticas, sociais e econômicas globais, onde todos os países membros tem representação igualitária.

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Ao invés de estreitar relações, se dispor ao diálogo ou problematizar questões pertinentes ao País no cenário internacional, Bolsonaro desafiou seus críticos; defendeu o golpe militar de 1964; pregou contra o socialismo; relativizou questões socioambientais e aproveitou para afagar o presidente estadunidense Donald Trump. Para piorar ainda mais, agências especializadas em fact checking (checagem de informações), revelam que a maioria das afirmações proferidas pelo presidente brasileiro na ocasião são duvidosas ou falsas.

Quando afirma, por exemplo, que o Brasil está comprometido com a preservação ambiental, na verdade tenta esconder o descaso que alimenta pela área apenas para dar uma resposta ao clamor mundial em defesa da Amazônia. Não é segredo que seu mandato é absolutamente responsável pelo desmonte dos mecanismos de fiscalização e controle de crimes ambientais; pelo aumento no uso de agrotóxicos; pela tentativa de anistiar desmatadores ou pela supressão de direitos dos povos indígenas e quilombolas.

A falta de respeito para com o povo brasileiro e com os demais chefes de Estado ficou ainda mais evidente quando utilizou o microfone para ofender o cacique Caiapó Raoni Metuktire, de 89 anos, que há meio século luta pelos direitos dos povos indígenas e a preservação das florestas. Indicado ao Prêmio Nobel da Paz, Raoni é uma referência internacional de uma pauta que incomoda Bolsonaro, por isso usou o maior palco político para ofendê-lo. Enquanto seus eleitores e apoiadores glorificam seu discurso, o mundo fica ainda mais perplexo com a falta de respeito e senso democrático do mandatário brasileiro.

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