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Cotidiano

Número de novos eleitores em SP é igual ao de eleitores perdidos na pandemia

Pandemia fez a perda de eleitores acima de 60 anos se equiparar ao ganho de eleitorado com idade entre 16 e 17

10/05/2022 às 12:57  atualizado em 10/05/2022 às 13:42

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Titulo de eleitor

Titulo de eleitor | Marcello Casal/Agência Brasil

Entre fevereiro de 2020 e abril deste ano, o estado de São Paulo ganhou 62.006 eleitores de 16 e 17 anos. Apesar do acréscimo no eleitorado jovem, o território paulista perdeu praticamente o mesmo número de eleitores com idade acima dos 60. Serão 62.299 paulistas a menos indo às urnas nas eleições deste ano, em outubro. Os dados são de um levantamento feito pela "Globonews" a partir de informações da Estatística do Eleitorado do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

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Ainda de acordo com o balanço do Tribunal, o número total de eleitores no Estado diminuiu em 3%, passando de 33,4 milhões para 32,6 milhões. São 875.834 paulistas a menos no processo eleitoral.

Dentre os eleitores de 16 e 17 anos, a alteração no quadro geral de jovens aptos a votar mostra variação de 219,7 mil para 281,7 mil pessoas. No caso dos idosos de 60 anos ou mais, a queda foi de 7 milhões para 6,9 milhões. 

Para o professor do Departamento de Demografia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e presidente da Associação Brasileira de Estudos Populacionais, Roberto Luiz do Carmo, as alterações no maior colégio eleitoral do País se devem a diferentes aspectos demográficos.

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Segundo o especialistas, o número de vidas perdidas para a Covid-19 inclui mais idosos do que jovens. Além disso, parte de quem tem 80 anos ou mais neste ano ter nascido durante os anos da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), fato que, historicamente, derrubou as taxas de natalidade daquele período. 

“Essa população [a partir de 80 anos] pode ter nascido no período da Segunda Guerra Mundial. Por conta da guerra, existe uma tendência de redução da natalidade. Esse pode ser um processo que está impactando esses números. Ou seja, nasceu menos gente naquele momento histórico. Esse é o nosso primeiro conjunto de fatores, os nascimentos”, explica Carmo.

“O segundo conjunto de fatores são as mortes. Pode ser que esteja ocorrendo o impacto, por exemplo, da pandemia, neste contexto dos últimos dois anos, quando a gente observou que a mortalidade foi maior nos grupos etários dos mais idosos. Esse também pode ter sido o impacto." 

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O estado de São Paulo também observou, pela primeira vez, uma redução no indicador de expectativa de vida ao nascer. O fato é inédito, desde que a série histórica começou a ser calculada, em 1940. 

Faixas etárias 

O envelhecimento acelerado de sua população é outro fator que interfere na transição demográfica observada no estado de São Paulo. O fenômeno se reflete na diminuição do número de eleitores aptos das faixas etárias mais jovens que tem caído ao longo das últimas eleições, fato também verificado do período de pré-pandemia.

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Até mesmo entre os eleitores de 25 a 34 anos, por exemplo, houve uma diminuição de 385 mil pessoas, fazendo a soma deste grupo passar de 6,6 milhões para 6,2 milhões, entre fevereiro de 2020 e abril deste ano no estado. 

No segmento etário de 35 a 44 anos, a queda foi ainda maior: de 723 mil pessoas aptas a votar (de 6,9 milhões para 6,2 milhões). 

Covid-19 

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Informações do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe) comprovam que os idosos constituem um grupo com registro expressivo de mortes por Covid desde o início da pandemia.

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