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Cotidiano

O que se sabe sobre o novo vírus descoberto na China que infectou 35 pessoas

O henipavirus (LayV), de origem animal, causa sintomas como febre, náusea, fadiga e tosse

10/08/2022 às 15:15  atualizado em 10/08/2022 às 15:16

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O estudo sugere que a infecção entre humanos ainda é incerta, mas não descarta a possibilidade de transmissão entre pessoas

O estudo sugere que a infecção entre humanos ainda é incerta, mas não descarta a possibilidade de transmissão entre pessoas | Divulgação/Governo SP

Um estudo publicado na última quinta-feira (4) por cientistas da China e de Singapura detalhou informações sobre o que pode ser uma nova doença com potencial de letalidade em humanos e que é causada por um vírus de origem animal. O vírus denominado Langya henipavirus (LayV) foi inicialmente identificado em uma amostra de teste swab (aqueles realizados com uma aste na garganta do paciente) e já está associado à infecção de 35 pessoas.

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O estudo foi publicado no New England Journal of Medicine, uma das mais importantes publicações na área de saúde. 

Segundo o jornal, o vírus foi descoberto após alguns pacientes apresentarem quadro de febre depois de terem sido expostos à presença de animais no leste da China. Nestas pessoas foi identificado um henipavírus filogeneticamente distinto, denominado Langya henipavirus (LayV). A descoberta se deu após análise metagenômica e subsequente isolamento do vírus.

Dos 35 pacientes com infecção aguda por LayV nas províncias de Shandong e Henan da China, 26 foram infectados apenas com LayV (nenhum outro patógeno estava presente). Esses 26 pacientes apresentaram febre (100% dos pacientes), fadiga (54%), tosse (50%), anorexia (50%), mialgia (46%), náusea (38%), cefaléia (35%), e vômitos (35%), acompanhados por anormalidades de trombocitopenia (35%), leucopenia (54%) e função hepática (35%) e renal (8%).

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Transmissão de humano para humano

Embora o estudo admita a possibilidade de que o vírus possa ser transmitido de humano para humano, este tipo de transmissão é considerado "esporádico", segundo a publicação. Os pacientes infectados pelo vírus não tiveram contato entre si.

"Não houve contato próximo ou histórico de exposição comum entre os pacientes, o que sugere que a infecção na população humana pode ser esporádica", diz o estudo.

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A pesquisa sugere que mais estudos sejam realizados, especialmente com 9 pacientes que possuem 15 familiares com os quais eles tiveram contato direto, a fim de entender o potencial de transmissão do henipavirus entre humanos.

O estudo completo pode ser acessado por meio deste link.

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