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Cotidiano

Obra danifica raízes da árvore mais antiga de São Paulo

Matheus Herbert

18/07/2019 às 01:00

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Raízes danificadas da Figueira das Lágrimas, árvore mais antiga de São Paulo; calcula-se que ela tenha nascido em 1780

Raízes danificadas da Figueira das Lágrimas, árvore mais antiga de São Paulo; calcula-se que ela tenha nascido em 1780 | /REPRODUÇÃO YARA RODRIGUES

Obras realizadas na

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terça-feira por funcionários de obra que acontece no local danificaram as raízes da Figueira das Lágrimas, a árvore mais antiga da capital paulista, no Ipiranga, zona sul de São Paulo.

Na semana passada, um muro histórico, que protegia a árvore, foi demolido. Prestes a completar 100 anos, o muro cercava a Figueira das Lágrimas, e teve a derrubada autorizada para obras de requalificação na praça.

Em entrevista ao "G1", a vizinha Yara Rodrigues, de 63 anos e que mora no bairro há mais de cinco décadas, disse que os funcionários contratados para fazer a obra cortaram as raízes novas da árvore "sem supervisão de um profissional da área". Yara liderava uma iniciativa para a manutenção do muro e é proprietária de parte do terreno que estava cercado.

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Para o botânico responsável por clonar a árvore e replanta-la no Ibirapuera, os cortes põem em risco a vida da planta. "O que se percebe é que foram cortadas raízes saudáveis da Figueira das Lágrimas e que esse corte de raízes, além de servir de entrada de bactérias, fungos e doenças na árvore, podem provocar problemas e fazer falta para o ser vivo", disse, também ao "G1".

Tombada pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental de São Paulo (Conpresp), a figueira ganhou renome por ter feito sombra a figuras ilustres. A Estrada das Lágrimas, que a árvore margeia, é citada por estudiosos como o trajeto usado por Dom Pedro I no dia 7 de setembro de 1822. O grito de independência, às margens do Riacho Ipiranga, teria ocorrido pouco depois de passar pela árvore.

Calcula-se que tenha ela nascido em 1780. O muro foi construído em 1920 pelo então prefeito Firmiano Pinto para proteger o patrimônio. A inauguração colocou ali uma placa de bronze com a inscrição de um poema do historiador Eugênio Egas, de 1920, sobre a "árvore das lágrimas e das saudades". A placa foi furtada há algumas décadas. (GSP e EC)

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