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Opção valerá apenas para cartões e dispositivos com tecnologia NFC | /LUIZ GUADAGNOLI/SECOM
Doze linhas de ônibus da cidade de São Paulo passarão a aceitar o pagamento da passagem por cartão de crédito, débito ou pré-pago a partir desta segunda-feira (16). O novo serviço valerá apenas para cartões físicos ou digitais com a tecnologia NFC (contactless), que funciona por aproximação e sem o uso de senha. O anúncio foi realizado nesta quinta-feira (12), pela gestão Bruno Covas (PSDB). O projeto-piloto tem duração de três meses ou até atingir 500 mil transações.
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NFC é uma tecnologia que libera o pagamento com o toque do cartão (ou a versão digitalizada dele em um smartphone, pulseira ou smartwatch) sobre um dispositivo habilitado. Esse tipo de conectividade é adotada por plataformas como o Google Pay e a Apple Pay, por exemplo, além de cartões físicos identificados com o símbolo de quatro ondas. Haverá um limite de dez pagamentos por dia por cartão.
Cerca de 200 ônibus estão atualizados para receber a nova forma de pagamento, que ocorrerá no mesmo dispositivo de validação do bilhete único. Segundo a Prefeitura, as 12 linhas do projeto-piloto transportam 2,9 milhões de passageiros por mês e foram escolhidas por terem uma quantidade acima da média de viagens pagas com dinheiro. Na primeira fase, não será possível fazer integração tarifária.
A tecnologia é utilizada no metrô do Rio e também no transporte municipal de Jundiaí, dentre outras cidades. Em São Paulo, inicialmente serão aceitos cartões Visa e Mastercard (nacionais e internacionais), enquanto está em processo a adesão da Elo.
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O cartão será a terceira alternativa de pagamento de passagem na capital paulista, que também aceita dinheiro e bilhete único. No caso do bilhete único, aplicativos e outras tecnologias digitais já permitem a recarga com cartão de crédito.
Segundo Covas, a nova opção é voltada especialmente para turistas e passageiros que usam o transporte público "eventualmente" ou pagam em dinheiro. Ele também reafirmou a posição de que o cargo de cobrador deve ser extinto do sistema - com a absorção do atuais trabalhadores da função em outros cargos. "Já não faz sentido existir hoje."
Após a fase de testes, as empresas participantes receberão uma porcentagem do valor da passagem (cerca de 3%) por cada passageiro que utilizar o serviço. Segundo a gestão municipal, elas foram selecionadas por um chamamento público e são responsáveis por arcar com os custos do projeto-piloto.
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"As empresas de cartão estão se preparando para, aos poucos, ir aumentando (o número de linhas com o serviço)", afirmou o secretário municipal de Mobilidade e Transportes, Edson Caram.
Covas disse, ainda, que a gestão municipal está monitorando os resultados do governo do Estado, que implantou a tecnologia QR Code em algumas estações do Metrô e da CPTM.
Bilhete Único.
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A gestão municipal estuda mudanças no sistema do bilhete único para reduzir a necessidade de atendimento presencial nos terminais da São Paulo Transporte (SPTrans). Dentre as possibilidades em desenvolvimento, estão ampliar o atendimento pela internet e por aplicativo e a entrega do bilhete diretamente no endereço do passageiro.
"Estamos trabalhando nisso, logo, logo, terá modernidade", garante o presidente da SPTrans, Paulo Cézar Shingaio. "Talvez ainda tenha que manter alguma coisa presencial: nem tudo pode ser feito por meios digitais, mas a maioria, sim, e estamos providenciando isso."
Atualmente, o bilhete único pode ser carregado pela loja virtual da SPTrans, por SMS, através de um dos 13 aplicativos habilitados ou até pelo Facebook. Depois da compra do crédito, o usuário deve utilizar as máquinas de recarga disponíveis nos ônibus, perto da catraca, ou se dirigir a um dos equipamentos automáticos nos terminais e estações do Metrô e da CPTM.
(EC)
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