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Cotidiano

ONU irá investigar possíveis crimes de guerra da Rússia contra Ucrânia

O Conselho de Direitos Humanos da ONU aprovou nesta quinta-feira (12), em Genebra, o início de uma investigação sobre a invasão da tropa russa em território ucraniano

Leonardo Sandre

12/05/2022 às 14:44  atualizado em 12/05/2022 às 16:01

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O presidente da Rússia, Vladimir Putin

O presidente da Rússia, Vladimir Putin | Pedro Ladeira/Folhapress

O Conselho de Direitos Humanos da ONU aprovou nesta quinta-feira (12), em Genebra, o início de uma investigação sobre os possíveis crimes de guerra atribuídos às tropas russas desde que invadiram a Ucrânia, em 24 de fevereiro.

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A resolução foi aprovada por 33 votos a 2 e prevê a formação de uma comissão internacional de inquérito para apurar eventos ocorridos nas regiões ao redor de Kiev e outras áreas, como Sumy, que foram temporariamente ocupadas pelas tropas russas.

"As áreas que estiveram sob ocupação russa no final de fevereiro e março experimentaram as mais terríveis violações dos direitos humanos no continente europeu em décadas", disse a primeira vice-ministra das Relações Exteriores da Ucrânia, Emine Dzhaparova.

Ao mesmo tempo, durante uma reunião do Conselho de Segurança da ONU em Nova York, convocada a pedido da França e do México, representantes exigiram o fim do bombardeio de escolas na Ucrânia e denunciaram seu uso para fins militares.

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Omar Abdi, funcionário do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), disse que os ataques às escolas "devem parar". "Até a semana passada, pelo menos 15 das 89 escolas apoiadas pelo Unicef no leste da Ucrânia foram danificadas ou destruídas desde o início da guerra."

A reunião em Genebra foi a primeira dedicada a essa questão desde que a Assembleia Geral da ONU suspendeu a Rússia do órgão de direitos humanos da organização internacional, no início de abril, por acusações de violações na Ucrânia. Moscou, no entanto, afirma que desistiu de participar do colegiado.

A Rússia, que nega ter cometido abusos no que chama de "operação militar especial" na Ucrânia, pode participar do trabalho do conselho como observadora, mas escolheu uma política de assentos vazios nesta quinta.

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"Em vez de discutir as verdadeiras causas que levaram à crise neste país e procurar formas de resolvê-las, o 'Ocidente coletivo' está organizando outra rotina política para demonizar a Rússia", disse o embaixador de Moscou na ONU em Genebra, Gennady Gatilov, em um comunicado por email antes da votação.

Em uma mudança de sua posição anterior de abstenção sobre a Ucrânia, a China votou contra a decisão, além da Eritreia.

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