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Cotidiano

País deve ter 216 escolas militares até 2023

06/09/2019 às 01:00

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O governo Jair Bolsonaro (PSL) ampliou o número de escolas que receberão apoio federal para migrarem para o modelo militar. O presidente afirmou que modelo deve ser imposto às escolas, embora o MEC (Ministério da Educação) indique que o projeto será implementado por adesão de governos e também da comunidade escolar.

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"[Se o estudante] Não sabe uma regra de três, não sabe interpretar um texto, não responde pergunta básica de ciência? Absurdo. Não tem que perguntar para o pai irresponsável nessa questão se ele quer ou não uma escola com uma, de certa forma, militarização. Tem que impor, tem que mudar. Não queremos que essa garotada cresça e vai ser pelo resto da vida dependente de programas sociais do governo", disse Bolsonaro na cerimônia de apresentação do projeto do governo para a modalidade.

Serão apoiadas agora 216 unidades, segundo anúncio nesta quinta-feira no Palácio do Planalto. É o dobro do que havia sido previsto pelo MEC em julho. O país tem cerca de 140 mil escolas.

Serão gastos R$ 54 milhões só no próximo ano. Cada escola receberá R$ 1 milhão para adequações de infraestrutura.

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O lançamento do Programa Nacional de Escolas-Cívico Militares é o primeiro evento da área de educação com participação do presidente Bolsonaro no ano -além da posse do ministro da Educação, Abraham Weintraub, em abril.

Em entrevista após o evento, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, disse que a determinação do presidente para impor o modelo será atendida. "Se o presidente falou, a palavra do presidente é a última palavra do Executivo. Então, está falado. Mas eu não estava sabendo que tinha [escolas que não querem o modelo], pelo contrário. Tem muito mais demanda do que capacidade de atender", disse.

Ao falar sobre o assunto, Bolsonaro citou o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), que decidiu impor o modelo a duas escolas na capital federal. Professores, alunos e pais haviam recusado a conversão -o episódio valeu a demissão do então secretário de Educação do Distrito Federal, Rafael Parente, em agosto, por ele discordar da posição do governo.

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Weintraub disse esperar do governo que o modelo alcance 10% das unidades escolares do país. Mas tanto o presidente quanto o ministro disseram que essa seria uma meta que só poderia ser alcançada em um eventual segundo mandato.

Chamadas de escolas cívico-militares pelo MEC, o modelo prevê a atuação de equipe de militares da reserva no papel de tutores -diferente das escolas militares, que são totalmente geridas pelo Exército. Oficialmente, o programa prevê a adesão voluntária de estados e municípios

As redes de ensino terão do dia 6 a 27 de setembro para indicar duas escolas que poderão receber o projeto em formato piloto no próximo ano. São elegíveis ao modelo escolas do segundo ciclo do ensino fundamental (6º ao 9º ano) e de ensino médio com ao menos 500 alunos e no máximo 1.000.

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Na abertura da cerimonia, Weintraub fez um discurso com alto teor ideológico, relacionando o modelo ao reforço à disciplina e valorização do patriotismo.

"[Que] Nunca mais um regime totalitário tente ser implantado no Brasil. Nunca mais nós tenhamos uma ideologia externa tentando ser imposta aos brasileiros. Nunca mais o presidente de outro país questione a soberania deste país. Nunca mais a gente esqueça que essa bandeira jamais será vermelha", disse.(FP)

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